Acusados por tentativa de golpe de Estado pegam prisão perpétua na Turquia
No julgamento, iniciado em agosto de 2017, havia um total de 475 acusados, entre eles, 25 generais e quatro membros do alto escalão da irmandade islamista do liderada por Fethullah Gülen, que está exilado nos Estados Unidos, enquanto é apontado pelo governo turco como comandante da tentativa de golpe.
Esse é o maior caso aberto contra os participantes da ação, que engloba militares e civis que estavam presentes na noite em que foi colocado em prática o plano para tomar o poder, na base aérea de Akinci, nos arredores de Ancara, de onde voaram os caças que bombardearam a cidade, o que resultou em 77 mortes.
Entre os acusados, 365 estão em prisão preventiva, 104 em liberdade provisória e seis são considerados foragidos, entre eles, Gülen, que é alvo de recorrentes pedidos de extradição feitos pelo governo da Turquia.
A leitura da sentença ainda pode durar horas e, até o momento, já foram anunciadas 79 cadeias perpétuas como pena pelas mortes provocadas, mais duas por tentar derrubar a ordem constitucional e pela tentativa de assassinato do presidente do país, Recep Tayyip Erdogan.
Outros militares estão recebendo penas menores, e quatro civis, considerados do alto escalão do grupo religioso liderado por Gülen, também foram condenados a passar o resto da vida na prisão.
O Ministério Público turco entregou um texto de acusação de 6 mil páginas, em que aponta os réus como autores de crimes de assassinato, violação da Constituição, tentativa de assassinato, tentativa de derrubar o governo, liderança de grupo terrorista armado, entre outros.
Gülen, antigo aliado de Ergogan, que já está há 20 anos nos Estados Unidos e nega as acusações, é apontado como criador de um "Estado paralelo", com a infiltração de seguidores em postos-chaves do governo, da justiça, do exército e da polícia.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.