ONU e países europeus pressionam Belarus no Conselho de Direitos Humanos
"É urgente que o governo de Belarus ponha fim às atuais violações dos direitos humanos", destacou a alta comissária em um debate sobre a situação do país no Conselho de Direitos Humanos.
A ex-presidente chilena disse que "nas últimas semanas houve uma deterioração contínua da situação dos direitos humanos no país" e apelo ao regime de Aleksander Lukashenko para, entre outras coisas, "libertar imediatamente todos os detidos de forma injusta ou arbitrária" e respeitar o direito à reunião pacífica.
Bachelet disse que, desde o início dos protestos em agosto, mais de 27 mil pessoas foram presas, e só no mês passado houve mais de 1.700 detenções na sequência dos protestos de 8, 15 e 30 de novembro.
Segundo ela, as autoridades estão aumentando a punição dos manifestantes, que nos primeiros meses costumavam cumprir um máximo de 15 dias de detenção administrativa, enquanto nas últimas semanas começaram a ser aplicados artigos do código penal que implicam penas de prisão mais longas.
Bachelet também expressou preocupação com a contínua perseguição de políticos da oposição, jornalistas, blogueiros, advogados e defensores dos direitos humanos, e com o uso da violência policial para dispersar manifestações com o uso de gás lacrimogêneo, canhões de água, balas de borracha e outras medidas "desproporcionais".
Esta repressão resultou na morte de pelo menos quatro manifestantes, recordou Bachelet, que também mencionou relatos de espancamentos de manifestantes em delegacias, centros de detenção e durante o transporte para estas instalações.
A diplomata chilena lamentou também que o governo bielorrusso não tenha permitido o acesso ao país a observadores do gabinete do Alto Comissariado.
O debate contou com a presença dos ministros das Relações Exteriores de Ucrânia, Polônia, Lituânia, Estônia, Eslováquia, Romênia e Dinamarca (representando os países nórdicos), que apoiaram as alegações de Bachelet e, em alguns casos, pediram a libertação dos presos políticos e a repetição das eleições de agosto. EFE
abc/vnm
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