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Gay assumido, Buttigieg exalta avanço ao ser escolhido para gabinete de Biden

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Imagem: Reprodução / Internet

EFE

17/12/2020 01h51

Escolhido pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, para ser secretário de Transporte, Pete Buttigieg enalteceu nesta quarta-feira, ao ser apresentado formalmente para o cargo, o fato de ser homossexual e de poder se expressar abertamente.

Em cerimônia na cidade de Wilmington, no estado do Delaware, onde reside Biden, Buttigieg recordou quando tinha 17 anos e assistiu ao Senado do país rejeitar a realização de uma audiência para James Hormel, o escolhido pelo então presidente Bill Clinton para ser embaixador dos EUA em Luxemburgo, pelo fato de Hormel ser homossexual.

Apesar dos obstáculos, Clinton conseguiu nomear Hormel quando o Senado estava em recesso, mas a situação ficou marcada na memória de Buttigieg.

"Aprendi sobre alguns dos limites que existem neste país, sobre quem pode pertencer a ele, mas foi importante ver como esses limites podem ser desafiados. Duas décadas depois, não posso deixar de pensar que alguma pessoa de 17 anos pode estar nos vendo de algum lugar", analisou.

Caso seja confirmado pelo Senado, Buttigieg se tornará a primeira pessoa abertamente homossexual a liderar um departamento americano e, aos 38 anos, também o mais jovem secretário da história dos EUA.

Buttigieg também brincou sobre seu interesse pelo transporte, explicando como se declarou ao marido, Chasten, no aeroporto de O'Hare, em Chicago.

"Não deixem que ninguém diga que O'Hare não é romântico", comentou Buttigieg sobre o aeropuerto, que fica a cerca de três horas de South Bend, cidade no estado de Indiana onde foi prefeito.

Por outro lado, enfatizou a necessidade de melhorar a infraestrutura do país e criticou o governo de Donald Trump por não cumprir promessas.

"Os americanos esperam ver ideias de infraestrutura sendo associadas a resultados, e nunca mais com uma piada na imprensa", disse Buttigieg, em referência às promessas de infraestrutura feitas por Trump que não saíram do papel.

Buttigieg antecipou que quer realizar "uma segunda grande revolução ferroviárias", mas que, antes de tudo, sua intenção é construir "comunidades mais resilientes ao clima para enfrentar inundações mais extremas, secas e grandes tempestades".