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Hungria descarta uso da vacina russa Sputnik V

04/01/2021 15h10

Budapeste, 4 jan (EFE).- O governo da Hungria descartou o uso da vacina russa "Sputnik V" contra o novo coronavírus, alegando problemas de abastecimento, enquanto o número de mortos no país foi de 93 nesta segunda-feira, o menor desde novembro.

Ontem, o primeiro-ministro Viktor Orban descartou o uso do medicamento russo em uma entrevista à rádio pública "Kossuth", por conta da capacidade insuficiente de abastecimento.

"Sabemos que a vacina russa é boa, mas não há suficiente e provavelmente também não haverá", disse Orban, acrescentando que a Hungria continua negociando com a China, cujo medicamento "é promissor", sem mencionar qual das quatro vacinas em desenvolvimento no país asiático estava se referindo.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) autoriza o uso de medicamentos na União Europeia (UE), embora em casos excepcionais os países possam aprovar certas substâncias em seu território.

O governo húngaro foi o único na UE a receber uma amostra de 6 mil vacinas russas em novembro para avaliar seu possível uso no país de quase 10 milhões de habitantes.

Viktor Orban criticou a UE pelo lento processo na obtenção de vacinas, em comparação com Reino Unido ou Canadá.

Depois de receber a primeira entrega das vacinas Pfizer-BioNTech, a Hungria começou a administrá-las imediatamente em 26 de dezembro, um dia antes do previsto pela UE.

O número de novos casos de Covid-19 confirmados nas últimas 24 horas foi de 856, enquanto o número total de mortes é de 9.977 até o momento.

Médicos, enfermeiras e outros profissionais de saúde serão os primeiros a receber a vacina, que depois será administrada em asilos e entre os idosos e os que sofrem de doenças graves.

Até agora, cerca de 12 mil pessoas foram vacinadas com a vacina Pfizer/BionTech.