Hungria descarta uso da vacina russa Sputnik V
Ontem, o primeiro-ministro Viktor Orban descartou o uso do medicamento russo em uma entrevista à rádio pública "Kossuth", por conta da capacidade insuficiente de abastecimento.
"Sabemos que a vacina russa é boa, mas não há suficiente e provavelmente também não haverá", disse Orban, acrescentando que a Hungria continua negociando com a China, cujo medicamento "é promissor", sem mencionar qual das quatro vacinas em desenvolvimento no país asiático estava se referindo.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) autoriza o uso de medicamentos na União Europeia (UE), embora em casos excepcionais os países possam aprovar certas substâncias em seu território.
O governo húngaro foi o único na UE a receber uma amostra de 6 mil vacinas russas em novembro para avaliar seu possível uso no país de quase 10 milhões de habitantes.
Viktor Orban criticou a UE pelo lento processo na obtenção de vacinas, em comparação com Reino Unido ou Canadá.
Depois de receber a primeira entrega das vacinas Pfizer-BioNTech, a Hungria começou a administrá-las imediatamente em 26 de dezembro, um dia antes do previsto pela UE.
O número de novos casos de Covid-19 confirmados nas últimas 24 horas foi de 856, enquanto o número total de mortes é de 9.977 até o momento.
Médicos, enfermeiras e outros profissionais de saúde serão os primeiros a receber a vacina, que depois será administrada em asilos e entre os idosos e os que sofrem de doenças graves.
Até agora, cerca de 12 mil pessoas foram vacinadas com a vacina Pfizer/BionTech.
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