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Equipe da OMS chegará quinta-feira em Wuhan para buscar origem da Covid-19

12/01/2021 17h32

Pequim, 12 jan (EFE).- A China confirmou nesta terça-feira que a equipe de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) encarregada de investigar as origens do novo coronavírus seguirá, na próxima quinta-feira de Singapura para a cidade de Wuhan.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, informou hoje em entrevista coletiva que a equipe da OMS iniciará sua viagem em Wuhan, cidade onde os primeiros casos de Covid-19 começaram a ser registrados há pouco mais de um ano.

Zhao, citado pela agência estatal "Xinhua", acrescentou que a equipe - formada por cientistas de várias organizações dos Estados Unidos, Japão, Rússia, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Austrália, Vietnã, Alemanha e Catar - vai "cooperar" com os cientistas locais nas investigações.

No entanto, Zhao não elaborou ou esclareceu se os membros da OMS terão que ficar em quarentena ao chegar na China, conforme relatado ontem pelo jornal "South China Morning Post", de Hong Kong.

A chegada da equipe causou polêmica nas últimas semanas, depois que o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou estar "muito desapontado" com os obstáculos que Pequim estava colocando na missão, embora as autoridades chinesas negassem que a estivessem impedindo.

O etíope sempre elogiou Pequim por sua colaboração na pandemia ao longo de 2020, algo que lhe rendeu duras críticas no Ocidente, especialmente dos EUA, cujo governo acusou repetidamente a China de ser a culpada pela expansão global do novo coronavírus.

O objetivo é encontrar a possível origem animal do SARS-CoV-2 e seus canais de transmissão para humanos; embora a teoria inicial seja de que se espalhou por um mercado de produtos frescos e animais em Wuhan, a imprensa oficial chinesa promoveu nos últimos meses uma narrativa alternativa, onde assegura que esse surto pode ser devido a alimentos congelados provenientes de outros países.

Embora especialistas da OMS já tenham visitado a China para esse fim em fevereiro e julho do ano passado - sem muitos detalhes serem revelados - a organização desta missão foi atrasada por meses e tem sido cercada de sigilo, tanto por parte da OMS quanto das autoridades chinesas. EFE

jco/phg