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Após recorde de contágio, Israel prolonga confinamento até o fim do mês

Arquivo -O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, admitiu não ser uma decisão fácil, mas disse que abrir tudo custaria vidas - Oded Balilty/POOL/AFP
Arquivo -O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, admitiu não ser uma decisão fácil, mas disse que abrir tudo custaria vidas Imagem: Oded Balilty/POOL/AFP

Em Jerusalém

20/01/2021 00h04

O governo de Israel decidiu ontem estender o confinamento que está em vigor no país desde o final de dezembro até 31 de janeiro, depois que um novo recorde nacional de infecções por coronavírus foi registrado e que o país pela primeira vez ultrapassou 10 mil infecções em 24 horas.

A medida foi aprovada por unanimidade pelo Gabinete de Ministros e ativamente promovida pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que admitiu não ser uma decisão fácil. "Seria mais fácil ignorar o forte aumento da morbidade e simplesmente reabrir tudo, mas isso custaria muitas vidas", ponderou o premiê.

Além da prorrogação do confinamento, os ministros também aprovaram uma nova regra para aqueles que chegam ao país provenientes do exterior - atualmente apenas cidadãos, residentes ou casos excepcionais. Eles devem apresentar um resultado negativo de um teste de coronavírus realizado nas 72 horas anteriores ao voo.

A medida se deve, de acordo com a imprensa local, ao rápido aumento dos casos da cepa do vírus encontrados pela primeira vez no Reino Unido, que, de acordo com o coordenador nacional da pandemia, Nachman Ash, é responsável por 30 a 40% das infecções ativas.

O aumento registrado hoje levou o número máximo de infecções a 10.021, com uma taxa de positividade de 10,2% e mais de 1,1 mil pessoas em estado grave.

O confinamento atual, o terceiro desde o início da pandemia e em vigor desde 27 de dezembro, tinha sido endurecido em 8 de janeiro e estava programado para terminar amanhã.

As restrições atuais incluem o fechamento do sistema educacional e todas as atividades de trabalho não essenciais, uma restrição ao movimento a não mais de 1 quilômetro de casa e um máximo de cinco pessoas em reuniões internas e 10 ao ar livre, entre outras.

Enquanto isso, o país avança com sua campanha de vacinação, que já atingiu mais de 2,18 milhões dos pouco mais de 9 milhões de habitantes, quase 500 mil deles com ambas as doses. Com isso, Israel é a nação mais rápida do mundo em porcentagem de inoculados.