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Macron quer universitários nas salas de aula pelo menos 1 vez por semana

21/01/2021 22h36

Paris, 21 jan (EFE).- O presidente da França, Emmanuel Macron, mostrou nesta quinta-feira mostrou seu apoio para que os estudantes universitários voltem às salas de aula pelo menos um dia por semana a partir do próximo semestre.

"Um aluno deve ter os mesmos direitos que um trabalhador, que em caso de necessidade pode ir à aula pelo menos um dia por semana, desde que a capacidade de 20% da sala de aula não seja excedida", disse Macron durante uma visita e em seguida uma conversa com alunos da Universidade Paris-Saclay.

O presidente francês expressou esta posição no dia seguinte ao protesto feito por estudantes universitários nas ruas da França devido à sua situação de isolamento e precariedade por não poderem assistir às aulas desde o confinamento anunciado em outubro para conter a pandemia.

Na reunião, anunciou que a partir de 1º de fevereiro "todos os alunos que precisarem" poderão ter acesso ao chamado "exame psicológico" que lhes permitirá consultar especialistas "sem pagamentos".

Macron também aproveitou a ocasião para anunciar que, a partir do final do mês, todos os estudantes terão direito a comer por um euro no restaurante da universidade, duas vezes ao dia, pois muitos deles perderam empregos de meio período devido aos efeitos da crise de saúde e não dispõem de meios para se sustentar.

A medida surge depois que diferentes associações e federações de escolas denunciaram que alguns alunos foram obrigados a procurar alimentos descartados em supermercados ou a ir a sopões.

Macron ouviu durante mais de uma hora as queixas e preocupações destes jovens sobre a sua situação atual, que também está causando um aumento acentuado dos casos de problemas de saúde mental devido às restrições.

A emissora de rádio "Europe 1" fez eco ao caso de uma estudante de 19 anos de Estrasburgo que enviou uma carta ao presidente contando-lhe sobre a angústia que ela está sentindo com as aulas à distância e a solidão de apenas sair de casa, e Macron respondeu que ela "devia resistir".