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UE pede que Venezuela volte atrás em decisão de expulsar embaixadora

24/02/2021 23h58

Bruxelas, 24 fev (EFE).- A União Europeia pediu nesta quarta-feira para que o governo da Venezuela volte atrás na decisão de obrigar a embaixadora da UE, Isabel Brilhante, a abandonar o país em um prazo de 72 horas.

"A UE lamenta profundamente esta decisão, que apenas isolará a Venezuela internacionalmente. Pedimos que a decisão seja revertida", disse à Agência Efe a porta-voz do Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), Nabila Massrali.

Mais cedo, o governo da Venezuela declarou a diplomata portuguesa como 'persona non grata' e deu a ela o prazo de 72 horas para deixar o país, como forma de responder às sanções aprovadas pelo bloco contra 19 políticos e autoridades venezuelanos. A UE não reconhece as eleições de 6 de dezembro do ano passado no país sul-americano.

O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, entregou o documento com a comunicação das decisões à diplomata nesta quarta-feira, um dia após a Assembleia Nacional (parlamento) solicitar ao governo a adoção da medida, por considerar que a UE interferiu em assuntos internos do país.

O chanceler se reuniu com Brilhante por cerca de uma hora, encontro que, segundo Arreaza, serviu para explicar "o desrespeito à Constituição" representado pelas sanções europeias contra autoridades venezuelanas.

A porta-voz do SEAE disse que a "Venezuela apenas superará sua crise atual através da negociação e do diálogo, ao qual a UE está completamente comprometida", mas afirmou que a decisão de hoje impacta essa vontade de cooperação.

No dia 29 de junho de 2020, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, já havia ordenado a saída de Brilhante do país, decisão que acabou sendo revogada em 2 de julho, com a esperança de que facilitasse o diálogo entre as partes.

Aquela decisão também foi precedida por outra rodada de sanções por parte dos países da União Europeia à Venezuela.