Número de mortos por repressão policial após golpe em Mianmar chega a 8
A Associação de Assistência aos Presos Políticos de Mianmar (AAPP) divulgou nesta quinta-feira que ao menos oito pessoas morreram no país - três delas baleadas por policiais -, em meio a onda de violência que assolou o país após o golpe de Estado de 1º de fevereiro.
Até hoje, o número de vítimas da repressão das forças de segurança que foram confirmados pelas autoridades locais é de três.
A AAPP, para além dos óbitos oficiais, cita o caso de um jovem de 26 anos, que morreu enquanto estava preso, e de mais quatro pessoas que faleceram durante confrontos noturnos entre manifestantes e partidários dos militares que tomaram o poder.
A primeira vítima após o golpe em Mianmar foi de uma mulher de 20 anos, que foi baleada na cabeça no último dia 9, durante um protesto realizado em Naipyidó e que morreu dez dias depois, no hospital.
Depois disso, dois homens, um deles de 16 anos, morreram no sábado passado, por consequência dos ferimentos sofridos após terem sido baleados por agentes das forças de segurança locais, enquanto participavam de manifestação em Mandalay.
Outro manifestante, de 26 anos, morreu ontem, depois de não ter recebido tratamento médico, também após ter sido atingido por disparo, no caso, no joelho, e ter sido detido durante um protesto em Mandalay.
Confrontos violentos
Nesta quinta-feira, uma marcha de apoiadores do golpe militar acabou em violência, quando participantes entraram em confronto com opositores no centro de Rangun. Uma pessoa acabou sendo esfaqueada.
Cerca de mil simpatizantes da junta que ocupa o poder se juntaram no início da manhã no centro da maior cidade do país, ostentando bandeiras do Exército e entoando palavras de ordem a favor dos militares.
Os maiores incidentes aconteceram quando os manifestantes chegaram na estação central de trem de Rangun e encontraram um grupo de trabalhadores que protestavam contra o golpe, em um panelaço.
Imagens gravadas por uma câmera de segurança mostram com um homem esfaqueou outro, enquanto este segundo estava sendo perseguido por um grupo de apoiadores dos militares.
O Exército de Mianmar tomou o poder em 1º de fevereiro, alegando ter acontecido uma fraude nas eleições de novembro do ano passado, em que venceu a Liga Nacional pela Democracia, partido liderado por Aung San Suu Kyi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, em 1991.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.