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OMS anuncia entrega de 237 milhões de doses nesta semana por Covax

01/03/2021 20h44

Genebra (Suíça), 1 mar (EFE).- O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira que 237 milhões de doses de vacina contra o novo coronavírus serão enviadas à 142 países até o fim de maio, dentro do programa Covax, que visa garantir uma imunização igualitária.

Do montante anunciado pelo líder da agência, 11 milhões de vacinas serão entregues ainda nesta semana, conforme indicou o próprio Tedros, que ainda anunciou para amanhã a publicação de uma lista com o total que cada país receberá através da rede solidária.

O diretor-geral da OMS divulgou as informações no mesmo dia em que funcionários do setor de saúde de Costa do Marfim e Gana, primeiros países receptores de vacinas através do Covax, começaram a ser imunizados, com doses desenvolvidas pela companhia AstraZeneca, a maior provedora do programa.

Os dois países da África receberam na semana passada 1,1 milhões de doses, fabricadas pela companhia anglo-sueca pelo Instituto Serológico da Índia.

Embora tenha celebrado o envio, que classificou como o primeiro passo, Tedros admitiu ser "lamentável que esta vacinação aconteça três meses depois que as doses começaram a chegar aos países ricos", em nova cobrança por distribuição mais justa.

Além disso, o diretor-geral da OMS criticou que siga se dando prioridade a vacinar jovens saudáveis ao invés de trabalhadores do setor da saúde e de pessoas idosas em algumas nações.

"Isso não é uma corrida entre países", afirmou Tedros, sobre uma possível busca das nações de divulgar uma maior quantidade de imunizados do que outras.

Por causa disso, o líder da agência enfatizou a necessidade de que sejam vacinados os integrantes dos grupos de risco e que se faça um esforço global para eliminar o novo coronavírus de todas as partes.

O programa Covax, impulsionado pela OMS, a Aliança para Vacinas e Imunização GAVI e a Coalizão para Inovações na Preparação para Epidemias (CEPI), têm neste ano a meta de distribuir, pelo menos, 2 bilhões de doses no mundo, sendo 1,5 bilhão em países subdesenvolvidos.

Com elas, a expectativa é vacinar, até o fim e 2021, cerca de um quarto da população as nações mais pobres, dando prioridade aos trabalhadores da linha de frente da saúde, idosos e outros grupos de risco.