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MSD produzirá vacina da Johnson & Johnson nos EUA, aponta jornal

02/03/2021 19h11Atualizada em 03/03/2021 14h00

Washington, 2 mar (EFE).- O governo dos Estados Unidos anunciará nesta terça-feira que a companhia farmacêutica MSD (Merck Sharp&Dohme) produzirá a vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Johnson & Johnson, como parte de um acordo para acelerar a campanha de imunização, conforme publicou o jornal "The Washington Post".

Segundo o veículo, a Casa Branca promoveu o acordo em meio aos atrasos da Johnson & Johnson, que recentemente divulgou que produziria 20 milhões de doses, ao invés dos 25 milhões que previu inicialmente, antes do fim de março.

A MSD, que tentou sem sucesso produzir a própria vacina contra o novo coronavírus, colocará as duas fábricas nos EUA à disposição da produção do agente imunizante da Johnson & Johnson. Uma atuará no enchimento dos frascos com o antígeno e a outra produzirá o medicamento, propriamente dito.

Fontes do governo americano consultadas pelo "The Washington Post" garantiram que a colaboração intermediada é histórica, por considerarem se tratar de "um esforço de tempos de guerra".

O acordo se serve de um marco legal criado, justamente, para momentos em que acontecem conflitos, para que a Casa Branca possa assegurar a capacidade produtiva durante uma crise e contribuirá que a MSD possa ter garantido o acesso a equipamentos e materiais.

A companhia tem uma longa trajetória e experiência na produção de vacinas, embora as tentativas de desenvolvimento para desenvolver o agente imunizante contra o novo coronavírus não tenham dado resultados esperados nos testes clínicos.

JOHNSON & JOHNSON.

A vacina da Johnson & Johnson recebeu a autorização emergencial nos Estados Unidos no último fim de semana, se tornando a terceira a poder ser distribuída no país, depois das desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech y Moderna, que utilizam a inovadora tecnologia de RNA mensageiro.

Ao contrário do que as outras alternativas, a vacina da Johnson & Johnson utiliza uma técnica de imunização mais tradicional, com informação genética transmitida em um adenovírus, por isso, pode ser armazenada em temperaturas comuns a qualquer refrigerador.

Além disso, requer a aplicação de apenas uma dose e não duas em determinado espaço de tempo, algo que dificultou a logística do programa de imunização em diversas partes do mundo.

A vacina da Johnson & Johnson, no entanto, é menos eficaz na proteção contra a infecção pelo novo coronavírus, embora garante que quase todos os casos não serão graves ou necessitarão de internação.