Autoridades mexicanas defendem ação policial em atos do Dia da Mulher
"Aproveito para dizer que, felizmente, o assédio foi evitado, que ontem não caímos na armadilha da violência e que resistimos à provocação", disse o presidente Andrés Manuel López Obrador, em sua habitual entrevista coletiva diária.
Ele também comemorou que a barreira de metal colocada em frente ao Palácio Nacional, onde reside o presidente, ajudou a conter os manifestantes que, segundo ele, "era evidente que queriam vandalizar" o prédio.
A manifestação na capital, que reuniu cerca de 20 mil pessoas, atingiu o seu ápice na emblemática Praça da Constituição, conhecida como Zócalo, onde está localizado o Palácio Nacional, no qual durante horas um grupo de manifestantes enfrentou a polícia que tentava impedir o rompimento da barreira apesar de ter conseguido remover vários dos painéis metálicos.
"Acho que isso mostra claramente que somos diferentes, que não somos repressores, que as liberdades são garantidas, o confronto é evitado, a violência é evitada e vamos avançar no processo de transformação do país", disse o presidente mexicano.
Por sua vez, a prefeita da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, em entrevista coletiva hoje, criticou duramente os ataques aos policiais que se encontravam atrás do muro de contenção.
A Secretaria de Segurança Cidadã (SSC) da capital notificou ontem à noite que a manifestação deixou 82 mulheres feridas, das quais 62 eram policiais.
"Não acredito que a violência contra as mulheres policiais seja justificável. Gostaria de mostrar a vocês alguns vídeos da violência que nossas colegas sofreram ontem, e pergunto quem concorda com isso? Uma mulher que sofreu violência pode tentar prendê-los? Fogo na polícia? Ou será que os policiais não são mulheres?", questionou a prefeita. EFE
ia/phg
(foto)(video)
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