Delegação dos EUA viaja ao México e Guatemala para analisar onda migratória
O objetivo da viagem é "desenvolver um plano de ação eficaz e humano para controlar a migração irregular", principalmente do Triângulo Norte da América Central, disse em um comunicado a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca (NSC), Emily Horne.
"Vamos falar sobre uma estratégia conjunta de desenvolvimento em todo o sul do México e no Triângulo Norte (...) para enfrentar as raízes que geram a migração: expandir as oportunidades econômicas e combater a insegurança", explicou um alto funcionário dos Estados Unidos, que pediu anonimato.
As reuniões no México acontecerão amanhã e contarão com a presença da coordenadora da fronteira sul da Casa Branca, Roberta Jacobson, do responsável pela América Latina e Caribe no NSC, Juan González, e do recém-nomeado especial enviado para o Triângulo Norte da América Central, Ricardo Zúñiga.
Os três se encontrarão na capital mexicana com o chanceler mexicano, Marcelo Ebrard; o diretor-geral para a América do Norte do Ministério das Relações Exteriores, Roberto Velasco; e outros representantes da Chancelaria e do Instituto Nacional de Migração (INM), segundo fonte oficial dos Estados Unidos.
Antes de Washington fazer o anúncio, o próprio Velasco escreveu no Twitter que "uma delegação de alto nível dos Estados Unidos os visitaria na terça-feira".
Além disso, o encontro "contará com a presença de representantes da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal)", disse Velasco.
O Ministério das Relações Exteriores mexicano indicou que o "tema principal" a ser discutido nesta reunião será a cooperação para o desenvolvimento da América Central e do sul do México, além de "esforços conjuntos" para uma migração "segura, ordenada e regular".
Depois de seus encontros no México, González e Zúñiga seguirão viagem para a Guatemala, onde se reunirão com o presidente guatemalteco, Alejandro Giammattei, e com o chanceler Pedro Brolo, segundo o mencionado alto funcionário americano.
Eles também vão conversar com representantes da sociedade civil, do setor privado e dos ministérios responsáveis pela economia e segurança, disse a fonte.
O objetivo é desenvolver "um plano de gestão da migração a curto prazo, bem como uma estratégia de médio e longo prazo para enfrentar as causas estruturais que geram a migração", disse o funcionário.
A região experimentou uma forte onda de imigração para os Estados Unidos desde a chegada de Joe Biden à Casa Branca no final de janeiro e as autoridades daquele país prenderam 100.441 imigrantes ilegais em fevereiro, em comparação com 78.442 em janeiro.
Pela primeira vez e depois de um ano de pandemia, o México anunciou na semana passada o controle terrestre para atividades não essenciais em sua fronteira sul, alegando que a disseminação do coronavírus deveria ser controlada.
O governo do México posicionou tropas do Exército e da Guarda Nacional no domingo às margens do rio Suchiate, fronteira natural com a Guatemala, embora ainda não houvesse a presença de filtros sanitários.
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