EUA tenta diminuir imigração com apoio de países da América Central
Em uma videoconferência com repórteres, o enviado especial de Washington para o Triângulo Norte da América Central, Ricardo Zuniga, e o principal conselheiro de Biden para a América Latina, Juan González, delinearam as ações do Poder Executivo para impedir que mais pessoas deixem seus países para migrar para os EUA.
"Partimos do ponto de vista de que temos um futuro compartilhado com a América Central e que o que é bom para a América Central é bom para os Estados Unidos", declarou Zúñiga, que detalhou que eles buscam apoiar seus parceiros na região para criar e impulsionar condições que melhorem a situação social, de segurança e de boa governança, além de apresentar soluções de emprego temporário.
Especificamente, no caso de Honduras e Guatemala, os EUA enviaram ajuda humanitária para os desalojados pelos furacões Eta e Iota, que devastaram grande parte da América Central no ano passado, assim como para áreas da Colômbia e do México.
"A verdade é que em toda a América Central e no sul do México o que estamos enfrentando são problemas estruturais e problemas profundos, desafios muito importantes", admitiu Zúñiga.
Por sua vez, González declarou que Biden se comprometeu a desenvolver uma força-tarefa regional anticorrupção. Ele explicou que a medida é o início de um processo de colaboração entre o Congresso dos EUA, a sociedade civil, o setor privado e os governos para garantir esforços conjuntos e efetivos.
O grupo, de acordo com o funcionário, poderia utilizar ferramentas como suspensão de vistos, sanções a indivíduos e a possibilidade de congelamento de bens utilizados para corrupção, violações dos direitos humanos e lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
"A questão da corrupção é algo endêmico para a América Central e é um dos elementos que motiva a migração, especialmente em países onde não há oportunidades econômicas", comentou González.
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