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Chefe de epidemiologia da Bolivia renuncia em início de campanha de vacinação

06/04/2021 23h33

La Paz, 6 abr (EFE).- A chefe da epidemiologia do governo da Bolívia, Maria Bolivia Rothe, renunciou ao cargo nesta terça-feira em pleno início da campanha de vacinação no país e em meio a denúncias de escassez de doses de vacinas contra a covid-19, algo que o governo do presidente Luis Arce negou.

Rothe confirmou a renúncia através de sua conta no Twitter, na qual enfatizou que sua saída se deve a "razões estritamente pessoais" e não por "discordâncias" com o ministro da Saúde, Jeyson Auza, ou com representantes da pasta.

"Jeyson Auza não é apenas um grande ministro, mas meu parceiro e meu irmão, com quem temos militado em tempos difíceis, defendendo nosso processo de mudança", escreveu Rothe.

A agora ex-chefe de epidemiologia do governo disse que sua "lealdade e compromisso" são com Auza e Arce, assim como com seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS).

Ela também reiterou que as decisões técnicas que foram tomadas no Ministério da Saúde "se devem ao trabalho coordenado".

CRÍTICAS A CAMPANHA DE VACINAÇÃO.

A campanha de vacinação gerou críticas de vários hospitais e unidades de saúde que indicaram que não têm doses suficientes para iniciar este processo.

Em vários postos de saúde foram relatadas filas de idosos esperando para serem vacinados. Por isso, Auza garantiu ontem, em entrevista coletiva, que a Bolívia tem vacinas suficientes para começar esta fase do processo de imunização.

Auza declarou que das 947.970 doses distribuídas em todo o país até agora, foram aplicadas 323.462.

O governo boliviano estabeleceu um cronograma para iniciar a vacinação em massa. Nesta semana é a vez de pessoas acima de 60 anos de idade.

A primeira fase da vacinação contra a covid-19 começou no final de janeiro e foi destinada a profissionais da saúde e pessoas com comorbidades como problemas renais ou câncer.

As vacinas que estão sendo aplicadas no país são a russa Sputnik V e a da farmacêutica chinesa Sinopharm.

Na semana passada, o governo boliviano apresentou um sistema de pré-registo para a vacinação em massa, a fim de acelerar o processo.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a Bolívia registrou 275.392 casos de covid-19 e 12.344 mortes em decorrência da doença.