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EUA devem começar a compartilhar vacinas com outros países no 2º semestre

Arquivo - O presidente americano ressaltou que quer dividir as doses excedentes com outros países - Tom Brenner/Reuters
Arquivo - O presidente americano ressaltou que quer dividir as doses excedentes com outros países Imagem: Tom Brenner/Reuters

Em Washington

07/04/2021 00h51

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse ontem esperar que o governo americano possa começar a compartilhar seu estoque de vacinas contra a covid-19 com outros países "antes do final do verão" (no hemisfério norte - entre junho e setembro), assim que garantir o suficiente para inocular toda a população doméstica.

"Minha esperança é que, antes do fim do verão, falarei com vocês que já temos acesso a mais vacinas do que precisamos para cuidar de cada americano e que vamos ajudar outros países, países pobres", disse Biden em um evento na Casa Branca.

O presidente americano ressaltou que quer dividir as doses excedentes com outros países porque, "até que essa vacina esteja disponível em todo o mundo e estejamos vencendo o vírus em outras nações, não estaremos completamente seguros".

A Casa Branca já fechou acordos com México e Canadá para enviar 4 milhões de doses da vacina de AstraZeneca/Universidade de Oxford, cujo uso emergencial ainda não foi aprovado nos Estados Unidos.

No entanto, o governo americano ainda não respondeu publicamente aos pedidos de muitos outros países que solicitaram acesso ao estoque, já que os EUA adquiriram muito mais doses do que o necessário para imunizar toda a sua população adulta.

O acúmulo de doses pelos Estados Unidos e outros países ricos têm gerado preocupação entre alguns especialistas, que alertam que isso pode impactar a incapacidade de outros países com menos recursos em obter vacinas suficientes a curto prazo, o que pode aumentar o risco de mutações do vírus.

A Casa Branca acredita que até o final de maio terá doses suficientes para vacinar todos os americanos adultos, mas insistiu que deve se preparar para possíveis imprevistos, como problemas de fabricação.

Além disso, o governo Biden quer reservar as doses caso sejam necessárias para fortalecer a imunidade daqueles que já foram vacinados, ou para fornecê-las a crianças, caso seja comprovado que são eficazes e seguras para uso em menores.

O governo americano também doou US$ 2 bilhões para a plataforma Covax para o desenvolvimento e distribuição igualitária de vacinas e planeja doar outros US$ 2 bilhões até 2022.

Durante evento na Casa Branca, Biden também garantiu não ter falado com o presidente chinês, Xi Jinping, sobre uma possível responsabilidade do país asiático na propagação da pandemia por ter ocultado parte das informações sobre a gravidade da situação na China.

"Não, não tive essa conversa com o presidente Xi", disse Biden, quando questionado por um jornalista.