Piñera garante que Chile pode evitar colapso do sistema hospitalar
"Se todos dermos o melhor de nós mesmos e agirmos com espírito unido e vontade de colaborar, podemos evitar o cruel dilema do último leito", declarou o chefe de governo chileno, que quer evitar que seja necessário escolher quem tem preferência por uma vaga em unidades de terapia intensiva.
O Chile está passando pelos momentos mais críticos de toda a pandemia, com um número recorde de novos casos por dia, que excedeu 8 mil na semana passada. Além disso, a taxa de testes PCR positivos está em ascensão, e as UTIs estão próximas da capacidade máxima, com apenas 180 leitos disponíveis em todo o país.
Enquanto isso, integrantes do Colégio Médico (Colmed), a associação comercial que reúne os médicos chilenos, argumentam que o sistema de saúde nunca havia sido tão pressionado e apelam para o fortalecimento das restrições sanitárias.
"As próximas semanas serão difíceis, com pacientes mais jovens a cada dia. A ocupação de leitos críticos ainda é muito alta e é por isso que estamos pedindo extrema cautela", afirmou Claudia Chartier, da associação de médicos.
Da organização, eles apontam a propagação de novas variantes do vírus SARS-CoV-2 provenientes do exterior, incluindo a brasileira P1, e um excesso de confiança por parte do governo. Isso levou a uma baixa da guarda e das restrições durante a temporada de verão, o que pode ter causado o agravamento da pandemia.
Durante semanas, a taxa de ocupação de leitos de UTI ficou em torno de 95%, o que levou o governo a exigir que hospitais públicos e privados aumentassem o número de vagas para 130%, além de considerar a contratação de médicos, aposentados e estudantes estrangeiros para fortalecer o sistema de saúde.
O presidente também destacou a necessidade de os jovens, entre os quais há maior mobilidade apesar das quarentenas, agirem de forma responsável e cumprirem as medidas. "Peço-lhes solidariedade, que não brinquem com suas próprias vidas e que cuidem da saúde e da vida de suas famílias", afirmou.
A segunda onda, que se agravou durante o mês de março, após as férias de verão, obrigou as autoridades a decretarem quarentena total para 83% da população, proteger as fronteiras e adiar as eleições constituintes, regionais e municipais. O pleito estava marcado para o próximo fim de semana, mas agora acontecerá em 15 e 16 de maio.
Ao mesmo tempo, o país está realizando um dos processos de vacinação mais bem-sucedidos contra a Covid-19 no mundo. Pelo menos 7,1 milhões de pessoas foram inoculadas com pelo menos uma dose, e o governo está confiante de que isso ajudará a melhorar a situação sanitária no período que antecede as novas datas eleitorais.
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