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Operações de Brasil e Paraguai causam ao narcotráfico perda de US$ 1 bilhão

20/04/2021 03h43

Assunção, 19 abr (EFE).- Os danos econômicos sofridos pelas organizações de tráfico de drogas durante sete anos de operações conjuntas entre a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai e a Polícia Federal do Brasil chegam a US$ 1 bilhão, informaram as duas instituições nesta segunda-feira.

Entre 2014 e 2021, a cooperação apreendeu quase 7 toneladas de cocaína e 48,4 toneladas de maconha. Além disso, 6.893 hectares de plantações de maconha foram destruídos nas várias edições da operação da Nova Aliança em áreas florestais de fronteira entre os dois países.

Durante os sete anos de cooperação, houve também 177 operações, 277 prisões e 16 expulsões para o Brasil de cidadãos brasileiros com mandados de prisão.

Os dados foram apresentados ao presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, em uma reunião no Palácio do Governo com o secretário executivo da Senad, Zully Rolón; o embaixador do Brasil no Paraguai, Flávio Soares; e Richard Murad, adido policial federal na Embaixada do Brasil em Assunção.

"É absolutamente necessário que Paraguai e Brasil permaneçam unidos na luta contra o crime organizado", afirmou o embaixador a jornalistas após o encontro.

O Paraguai é o maior produtor de maconha da América do Sul, que se destina principalmente ao Brasil em uma rede de tráfico de drogas controlada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) e pelo Comando Vermelho (Comando Vermelho).

As prisões paraguaias abrigam um grande número de membros das duas organizações criminosas, que mesmo atrás das grades recrutam paraguaios para integrá-las.

Segundo as autoridades do Paraguai, o país também se tornou uma das rotas internacionais de tráfico de cocaína, que geralmente entra por via aérea ou terrestre no Chaco, ao longo da fronteira com a Bolívia, com destino a outros países, como Brasil e Argentina.