Ministra da Saúde afirma que Argentina vive pior momento da pandemia
"A Argentina vive o pior momento da pandemia desde 3 de março do ano passado", disse Vizzotti, em entrevista coletiva.
"Este é o momento de maior risco", acrescentou, "é foi por isso que a Argentina tomou esta decisão".
A ministra referiu-se à suspensão das aulas presenciais, entre outras restrições, até o próximo dia 30, na região metropolitana de Buenos Aires (AMBA), que Carla Vizzotti descreveu como a mais populosa do país e uma das cinco maiores na América Latina, o que gerou uma disputa político-judicial entre a capital argentina - um dos dois distritos que regem a AMBA - e o governo do país.
Essa medida também provocou várias mobilizações de pais, alunos e professores que são a favor das aulas presenciais.
"Percebeu-se que o aumento do número de casos foi exponencial e que colocava em risco a possibilidade de resposta do sistema de saúde", explicou.
De acordo com os dados fornecidos, a situação epidemiológica é diferente do ano passado devido à velocidade de aumento das infecções e à circulação de novas variantes.
Ela também acrescentou que, embora a AMBA esteja em situação crítica em relação aos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e na velocidade de aumentos dos casos, as infecções estão crescendo exponencialmente na maior parte do país: 75% dos municípios com mais de 45 mil habitantes estão em elevado risco epidemiológico.
RISCO COLETIVO
A Argentina bateu recordes diários do número de casos, e acumulou 2.743.620 infecções e 59.792 mortes desde o início da pandemia.
Na semana passada, o governo federal emitiu um decreto suspendendo as aulas presenciais por duas semanas, ao qual o governo local de Buenos Aires, que defende que a escolaridade não é fonte de contágio, se opôs porque, segundo as autoridades, é uma medida não regulamentada e imposta pelo país.
De acordo com Carla Vizzotti, a decisão do governo é baseada em "priorizar a saúde e o risco coletivo".
SISTEMA DE SAÚDE SOB TENSÃO
A ministra argentina não descartou novas medidas restritivas. "Precisamos diminuir a velocidade das infecções e reduzir a quantidade de internações nas UTIs", afirmou.
Segundo dados oficiais, 64,9% dos leitos de UTI estão ocupados em todo o país, mas esta porcentagem sobe para 75% se considerarmos apenas Buenos Aires e sua populosa periferia.
Carla Vizzotti disse que o sistema de saúde está se reorganizando para dar alta e minimizar as cirurgias agendadas, pois 40% dos leitos estavam ocupados por pacientes com outras doenças.
Enquanto isso, ela esclareceu que o número de casos confirmados "tem uma proporção significativa de pessoas mais brandas", com menos sintomas e até assintomáticos "porque a capacidade de teste aumentou muito".
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