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Chile suspende confinamentos após estabilização de contágios por coronavírus

Protesto homenageia mortos por covid-19 em Santiago, no Chile - Martin Bernetti/AFP
Protesto homenageia mortos por covid-19 em Santiago, no Chile Imagem: Martin Bernetti/AFP

26/04/2021 23h14

As autoridades sanitárias do Chile anunciaram nesta segunda-feira que suspenderão os confinamentos em mais de dez localidades de Santiago após um mês de quarentena total, um anúncio que veio após vários dias com o número diário de novas infecções abaixo de 7 mil.

"Abril foi um dos meses mais complexos em termos da pandemia, por isso agora é essencial que todos nós cooperemos para continuarmos avançando", declarou a subsecretária de saúde pública, Paula Daza, em entrevista coletiva.

No total, 16 municípios em várias regiões do país deixarão na próxima quinta-feira a quarentena, que vem mantendo confinada cerca de 90% da população. O anúncio era muito esperado após um mês de restrições mais apertadas, determinadas como reação do governo a uma forte segunda onda de contágio.

Apesar disso, o fechamento da fronteira continua em vigor, uma medida que foi imposta no início deste mês e permanecerá em vigor por mais um mês para evitar a propagação do vírus SARS-CoV-2 e a entrada de novas variantes.

Houve 6.078 novos casos de covid-19 e 119 mortes nas últimas 24 horas, o que elevou o total para 1,17 milhões e quase 26 mil, respectivamente. A taxa nacional de testes com resultados positivos no último dia foi de 8,34%, a menor desde março.

Embora o número de novas infecções tenha sido estabilizado, o sistema hospitalar tem estado em níveis de saturação sem precedentes há semanas, acima de 96%. Até o balanço deste domingo, havia 3.363 pacientes em unidades de terapia intensiva, um dos números mais altos de toda a crise.

Com relação à vacinação, o Chile está realizando um dos processos mais bem-sucedidos do mundo. Mais de 7,9 milhões de pessoas, o que representa mais da metade da população, recebeu ao menos uma dose, enquanto 39% levou as duas injeções e completou o processo de imunização.

A maioria das vacinas administradas são CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, do qual o Chile recebeu quase 14 milhões de doses, enquanto que em menor grau também foram dadas doses do imunizante produzido pela parceria entre a Pfizer e a BioNTech.

As autoridades chilenas também aprovaram o uso da vacina do laboratório chinês CanSino, da qual serão entregues lotes no mês que vem, e da AstraZeneca, que só será usada em mulheres maiores de 55 anos e em homens maiores de 18 anos devido aos casos de trombose registrados em outros países.