Após fracasso da esquerda em Madri, Iglesias anuncia que deixará a política
Iglesias já havia abandonado o cargo de segundo vice-presidente do governo espanhol, presidido pelo socialista Pedro Sánchez, para concorrer como candidato nestas eleições da comunidade autônoma madrilenha.
"Quando a situação é essa, quando te transformaram em um bode expiatório, quando o seu papel mobiliza o pior dos que odeiam a democracia, tem que tomar decisões. Deixo todos os meus cargos, deixo a política, a política institucional", afirmou Iglesias a jornalistas.
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Nas eleições desta terça-feira, o conservador PP dobrou o número de cadeiras no Parlamento regional que havia obtido no pleito anterior, de 2019. Naquela ocasião, ficou com 30 assentos, e agora com 65, superando a soma dos três partidos de esquerda, 24 do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), 24 do Mais Madri e 10 do Unidas Podemos.
O Mais Madri, dirigido por Mónica García e fundado por Íñigo Errejón - um ex-aliado de Iglesias -, foi o grande destaque entre o espectro da esquerda em Madri.
Iglesias, cujo partido, no entanto, conseguiu um melhor resultado do que nas eleições de 2019 - com 7,2% dos votos e dez assentos -, parabenizou o Mais Madri por seu resultado "magnífico" e anunciou que abrirá espaço para novas lideranças e rostos que trabalham na renovação de seu projeto político.