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Colômbia registra mais um dia de protestos em massa contra o governo

05/05/2021 19h57

Bogotá, 5 mai (EFE).- Milhares de colombianos voltaram às ruas do país nesta quarta-feira, no início da segunda "greve nacional" em protesto contra o governo do presidente Iván Duque, após uma semana de intensas manifestações e violência com dezenas de vítimas.

O início festivo do dia contrasta com o vivido em Bogotá entre a noite de ontem e o início da madrugada de hoje, em que vândalos atacaram 23 delegacias, uma das quais foi incendiada com dez agentes em seu interior, distúrbios que deixaram feridos 72 civis e 19 policiais.

Os atos de hoje começaram pela manhã em Bogotá, Barranquilla, Bucaramanga, Cali e outras capitais regionais, entre cânticos, bandeiras nas cores da Colômbia e brancas.

"Chega de impostos", "Saúde e educação" e "Estão nos matando de fome" foram alguns dos cartazes expostos por grupos de manifestantes em Suba, região de Bogotá.

No Parque Nacional, um dos pontos de encontro dos manifestantes, houve exposições artísticas, batucadas e cânticos para um dia pacífico de respeito à vida.

Em Barranquilla, milhares de manifestantes vestindo camisas da seleção colombiana tomaram as principais vias se dirigindo à rua central de La Paz.

Os comerciantes no centro desta cidade também organizaram uma manifestação para protestar contra os saques e outros atos de vandalismo que sofreram na semana passada.

Enquanto isso, em Bucaramanga, capital do departamento de Santander, as pessoas foram cedo para as ruas e a avenida que liga ao município de Floridablanca ficou lotada devido a uma caravana de carros com bandeiras colombianas.

Até agora, de acordo com a Defensoria do Povo, em uma semana de protestos pelo menos 19 pessoas morreram, embora organizações sociais afirmem que o número é maior.

A ONG Temblores, que documenta a violência policial, informou que entre os dias 28 abril e 4 de maio, contabilizou "31 vítimas de violência homicida" devido à brutalidade policial.