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Com número de casos estabilizado, Chile segue suspendendo quarentenas

07/05/2021 01h55

Santiago de Chile, 6 mai (EFE).- As autoridades sanitárias do Chile anunciaram nesta quinta-feira quinta-feira que um grupo de quase 30 localidades deixará o confinamento, após registrar 6.202 novos casos de Covid-19, um número que há duas semanas não apresenta grandes variações e que levou as autoridades a dizer que a segunda onda se estabilizou.

Um total de 28 localidades deixará a quarentena total a partir deste sábado, uma restrição que foi imposta a 90% da população para lidar com uma segunda onda da pandemia que se agravou em março, após as férias de verão, e não sobrecarregar o sistema hospitalar.

Estas localidades somam-se a outras 26 que saíram do confinamento na semana passada, algumas delas na capital, nas quais já é permitido circular livremente de segunda a sexta-feira, assim como abrir estabelecimentos comerciais não essenciais, após mais de um mês de confinamento total.

Com os 6.202 casos e as 169 mortes das últimas 24 horas, a pandemia totaliza agora mais de 1,2 milhão de pessoas infectadas e 26.895 mortes no Chile desde que a crise de saúde começou há mais de um ano.

A taxa de positividade nacional - número de infecções por cada 100 testes de PCR - nas últimas 24 horas foi de 9%, após a realização de mais de 60.000 testes, segundo detalharam as autoridades sanitárias.

Embora o número de novos casos tenha estabilizado em cerca de 6.000 nos últimos dias, as UTIs seguem sobrecarregadas, com uma taxa de ocupação de 94%.

Nas últimas 24 horas, o número de pacientes em estado crítico era de 3.188, o que significa que existem apenas cerca de 280 leitos gratuitos disponíveis nessas unidades.

Em relação à vacinação, o Chile tem uma das campanhas mais bem sucedidas e rápidas do mundo e já imunizou mais de 55% da população (mais de 8,2 milhões de pessoas) com uma dose, enquanto é o segundo em percentagem de população totalmente vacinada, com mais de 45%, de acordo com dados da Universidade de Oxford.

A maioria das vacinas administradas são CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, do qual o Chile recebeu quase 14 milhões de doses; Pfizer/BioNTech, da qual chegaram 2,3 milhões, e AstraZeneca, que será aplicada em mulheres com mais de 55 anos e em homens com mais de 18.

O governo apressou o calendário de vacinação com o foco voltado para as eleições marcadas para 15 e 16 de maio e espera aplicar pelo menos uma dose em todos os maiores de 35 anos até essa data.

O país encontra-se em estado de emergência há mais de um ano com um toque de recolher das 21h às 5h, enquanto as fronteiras seguem fechadas.