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López Obrador destaca conversa "amistosa" com Kamala Harris sobre migração

07/05/2021 20h21

Cidade do México, 7 mai (EFE).- O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, classificou a reunião virtual que teve nesta sexta-feira sobre migração com a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, como "amistosa".

"Falamos em termos amistosos com a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris. Estamos empenhados em trabalhar juntos para procurar medidas eficazes, humanas e justas para o fenômeno da migração", afirmou o presidente mexicano via Twitter.

Em sua postagem na rede social, López Obrador mostrou o início da reunião virtual em que a vice-presidente americana o pediu para abordar as causas da imigração dos países do Triângulo Norte (Guatemala, Honduras e El Salvador).

Nesse sentido, Harris, responsável pela migração regional no seu governo, declarou que é do interesse de ambos os países "proporcionar alívio imediato ao Triângulo Norte e abordar as causas profundas da migração".

Na sua vez de falar, López Obrador recordou que os dois países partilham uma fronteira de cerca de 3.000 quilômetros de extensão, razão pela qual precisam compreender um ao outro ao invés de lutar.

Nesse sentido, lembrou uma frase que disse ao presidente americano, Joe Biden, durante um encontro virtual no início de março, uma citação do ditador mexicano Porfirio Diaz (1884-1911) que lamentou: "Pobre México, tão longe de Deus e tão perto dos EUA".

Lopez Obrador salientou que, uma vez que as relações são agora muito melhores, pode-se dizer que "o México está próximo de Deus e não tão longe dos UA", o que provocou risos em todos os participantes.

Por sua parte, o ministro das Relações Exteriores mexicano, Marcelo Ebrard, descreveu a reunião como um "diálogo político muito cordial" baseado em "coincidências fundamentais".

"Estamos construindo uma relação estreita baseada na confiança e no respeito", destacou.

A região vivencia uma poderosa onda de migração há meses depois de um 2020 marcado pela pandemia, pelas catástrofes naturais e pela chegada do democrata Joe Biden à Casa Branca.

O número de migrantes detidos pela Patrulha de Fronteiras dos EUA tem crescido há meses e saltou de 101.028 em fevereiro para 172.131 em março, seu nível mensal mais elevado em duas décadas.