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Espanha apoia fim das patentes de vacinas, mas pede mais "ambição"

08/05/2021 03h46

Porto, 7 mai (EFE).- O chefe do governo da Espanha, Pedro Sánchez, pediu nesta sexta-feira aos líderes da União Europeia a ir ainda mais longe do que a proposta do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre a suspensão das patentes de vacinas, e propôs acelerar sua capacidade de fabricação e distribuição.

Sánchez defendeu, em sua chegada àCúpula Social Europeia na cidade do Porto, em Portugal, ter ainda mais ambição do que o que foi proposto por Biden.

Por ocasião desta cúpula, a Espanha enviou uma iniciativa aos outros parceiros na véspera, cujo conteúdo voltou a defender perante os jornalistas.

Ele afirmou que seu governo apoia a proposta de Biden de suspender as patentes de vacinas, mas reiterou que a considera insuficiente e que é preciso ter mais ambição.

Desta forma, defendeu que não apenas as patentes sejam suspensas, mas também que seja acelerado o processo de transição de tecnologia e conhecimento para todos os países do mundo.

Além disso, pediu o fortalecimento da capacidade de fabricação de vacinas e uma distribuição mais rápida das mesmas.

Sánchez afirmou que a vacinação permitirá a recuperação econômica e, para o conseguir, destacou o papel que vai desempenhar o Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência da economia que o governo espanhol aprovou e que enviou a Bruxelas.

O plano foi apresentado por Sánchez hoje ao Rei Felipe VI e que, segundo ele, permitirá transformar a economia e conseguir um país mais digital, mais verde, igualitário e coeso do ponto de vista social.

"É por isso que acredito que a Espanha está mirando única e exclusivamente para o que é importante, a saída da emergência sanitária e o impulso para a recuperação econômica e a criação de empregos", acrescentou.

Depois de associar vacinação e recuperação, ele repetiu as palavras da ministra da Saúde espanhola, Carolina Darias, de que o processo de aplicação de doses na Espanha "funciona como um tiro".

Prova disso, disse, é o fato de ontem ter sido vacinada mais de 530 mil pessoas, o que permitirá que a meta de 70% da população seja imunizada até ao final do verão (no hemisfério norte).