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OMS recomenda administrar doses da Sinopharm com intervalo de 3 a 4 semanas

13/05/2021 19h15

Genebra, 13 mai (EFE).- As duas doses da vacina da Sinopharm necessárias para a imunização contra a covid-19 devem ser administradas com três a quatro semanas de intervalo, e a proteção completa demora 15 dias para ser alcançada, destacaram nesta quinta-feira especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A vacina, a primeira não ocidental cujo uso emergencial foi aprovado pela OMS, "é comparável a outras em eficácia e segurança", afirmou em encontro com internautas o mexicano Alejandro Cravioto, presidente do Grupo de Especialistas para Assessoramento Estratégico que emite à entidade recomendações sobre o uso de vacunas contra a covid-19.

Questionado por possíveis efeitos secundários da vacina, o especialista disse que, assim como outras já desenvolvidas por diferentes farmacêuticas, pode produzir dores no braço onde foi injetada, febre e mal-estar que pode durar horas ou dias.

"É normal, pois é a maneira como o corpo responde ao antígeno", ressaltou Cravioto, ao esclarecer que ainda não foram identificados efeitos secundários graves com esta vacina em pacientes.

O assessor da OMS sublinhou que, de qualquer forma, os países que utilizarem o imunizante devem ter sistemas de controle para identificar de maneira rápida efeitos secundários consideráveis ou de longa duração.

Cravioto disse que a vacina da Sinopharm também se mostrou eficaz contra variantes já bastante disseminadas do coronavírus, como a brasileira e a britânica, mas que ainda não há dados suficientes para medir sua resposta às que foram inicialmente registradas na África do Sul e na Índia, também presentes em vários países.

Como outras vacinas, a da Sinopharm apresenta uma duração da imunização gerada de ao menos seis a oito meses. Como a vacina foi desenvolvida recentemente, os estudos não contemplam períodos de observação mais longos.

A vacina mostrou ter eficácia de até 79% para prevenir casos graves de covid-19 e se baseia em adenovírus (vírus enfraquecidos ou inativos), como a maioria das que foram desenvolvidas até o momento. As de Pfizer e Moderna, por outro lado, usam a tecnologia de RNA mensageiro.

O imunizante chinês é recomendado para maiores de 18 anos e, embora não tenham sido realizado muitos ensaios clínicos em maiores de 60 anos, não há razão para pensar que a vacina se comporta de forma diferente nessa faixa etária, segundo disse Cravioto na semana passada.