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OMS pede que países ricos doem vacinas ao invés de imunizar os mais jovens

14/05/2021 18h36

Genebra, 14 mai (EFE).- Os países ricos que já atingiram níveis elevados de vacinação contra a Covid-19 deveriam doar suas doses excedentes de vacinas, ao invés de utilizá-las para imunizar suas populações mais jovens, sugeriu nesta sexta-feira o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"Compreendo que alguns países querem vacinar suas crianças e adolescentes, mas peço que reconsiderem e, em vez disso, doem mais doses ao Covax", disse Tedros em referência ao consórcio criado pela OMS para que países em desenvolvimento possam ter acesso aos imunizantes.

Em uma coletiva de imprensa, o diretor-geral da OMS também anunciou que ele próprio tinha sido vacinado contra a Covid-19 esta semana no Hospital Universitário de Genebra.

"Foi um momento agridoce, porque a vacina, por um lado, é um triunfo da ciência global e da solidariedade, mas, por outro lado, meu pensamento estava com os trabalhadores da saúde do mundo que lutam contra a pandemia há mais de um ano, pois muitos deles ainda não estão vacinados", comentou.

Tedros também lembrou que a distribuição global da vacina continua a ser muito desigual, com menos de 1% das doses administradas até agora nos países pobres.

Neste sentido, o diretor-geral da OMS comemorou o fato de vários governos nos últimos dias terem se mostrado favoráveis à redução das barreiras comerciais que dificultam esta distribuição.

Recordando que a pandemia causou 3,3 milhões de mortes, e mais neste segundo ano da crise do que no primeiro, Tedros afirmou que a situação na Índia "ainda é muito preocupante", mas também em países como Nepal, Sri Lanka, várias nações do sudeste asiático e Egipto.

Por fim, acrescentou que nas Américas, o continente que representa 40% das mortes durante a pandemia, há ainda muitos países com um elevado número de casos diários.