Espanha expressa "repúdio" ao Marrocos por entrada em massa de imigrantes
González Laya convocou a embaixadora marroquina em Madri, que pouco depois também foi chamada pelo governo do Marrocos, em meio à crise entre os países, após cerca de 6 mil imigrantes entrarem irregularmente em Ceuta.
A ministra lembrou à embaixadora que o controle das fronteiras "foi e deve continuar sendo" corresponsabilidade dos dois países.
À imprensa, a chefe da diplomacia espanhola expressou o "desejo" do governo da Espanha de "olhar para o futuro e evitar que atos como estes possam voltar a se repetir" e pediu do governo marroquino o "compromisso de continuar retornando todos os cidadãos que entraram de maneira irregular" na Espanha.
González Laya comentou que a Espanha deseja manter "relações de boa vizinhança" e "estreitas" entre ambos os países.
Em comparecimento à imprensa, a ministra não aceitou perguntas nem se referiu à presença na Espanha do líder da Frente Polisário (movimento que defende a autonomia do Saara Ocidental), Brahim Ghali, internado em um hospital.
O governo do Marrocos expressou repúdio à presença de Ghali na Espanha, enquanto as autoridades espanholas dizem se tratar de razões humanitárias.
A ministra espanhola também informou a outros representantes europeus sobre a situação em Ceuta, que despertou "grande preocupação", motivo pelo qual serão abordados assuntos migratórios nas próximas reuniões.
"É uma fronteira comum para a União Europeia (UE) e, como vocês sabem, a imigração é um tema muito sensível dentro da UE", afirmou.
Ceuta e Melilha, duas cidades no norte da África que fazem fronteira com o Marrocos, são as únicas fronteiras terrestres da UE no continente africano.
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