Índia confirma primeira morte por reação à vacina contra a covid-19
Um homem de 68 anos morreu de "anafilaxia" após receber uma dose da AstraZeneca, fabricado pelo Instituto Serum da Índia, em 8 de março, o Comitê Nacional de Eventos Adversos após Imunização, detalha em um relatório (AEFI) do Ministério da Saúde indiano.
A morte, classificada como "reação relacionada à vacina", é um dos três eventos diretamente atribuídos à inoculação contra a covid-19 em mais de 30 casos investigados, a maioria dos quais ocorreram logo após a vacinação.
"Esta é a primeira morte em que a causalidade foi estabelecida com a vacina, resultando em uma reação de anafilaxia. Mas em comparação com os números gerais, apenas um pequeno número teve uma reação grave", disse o assessor do Comitê Nacional da AEFI, N.K. Arora, em declarações divulgadas pela imprensa local.
Dois outros eventos de anafilaxia devido à vacina foram confirmados em um homem de 22 anos e uma mulher de 21 anos, após receber uma dose do imunizante indiano Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech, e uma dose da AstraZeneca, respectivamente.
"Dos 31 casos avaliados, 18 foram classificados como tendo associação causal inconsistente com a vacinação (coincidente - não relacionado à vacinação), sete foram classificados como indeterminados, enquanto três casos foram relacionados ao produto da vacina", explicou.
O país asiático registrou 2,7 mortes por milhão de doses da vacina aplicada e 4,8 internações por milhão de doses da vacina administrada, porém, esclareceu a autoridade, "a mera notificação de mortes e hospitalizações como eventos adversos graves não implica automaticamente que os eventos foram causados pelas vacinas".
A Índia aplicou 256 milhões de doses de vacinas desde janeiro, 225 milhões delas da AstraZeneca e 31 milhões da Covaxin.
O Ministério da Saúde indiano afirmou hoje em comunicado que o número de óbitos registrados após a vacinação no país é de apenas 0,0002% das doses administradas, o que está dentro das taxas de mortalidade esperadas em uma população, afirmou.
"Também é importante e pertinente notar que a taxa de mortalidade das pessoas com teste positivo para covid-19 é superior a 1%. Portanto, o risco de morrer após a vacinação é insignificante em comparação com o risco de morrer devido à doença", observou.
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