EUA afirmam que não há condições para "eleições livres" na Nicarágua
Em nota, Blinken expressou seu "forte apoio" à resolução aprovada nesta terça-feira por uma grande maioria composta por 26 países da Organização dos Estados Americanos (OEA), que pede "a libertação imediata dos candidatos presidenciais e de todos os presos políticos".
"Dada a recente repressão do regime e a falta de uma reforma eleitoral profunda, não há condições para eleições livres e justas em novembro", destacou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos.
O governo do presidente Joe Biden impôs várias rodadas de sanções econômicas a funcionários de alto escalão em Manágua, incluindo vários parentes diretos de Ortega e sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo.
As autoridades nicaraguenses detiveram este mês quatro candidatos à presidência da Nicarágua, Cristiana Chamorro, Arturo Cruz, Félix Maradiaga e Juan Sebastián Chamorro García, assim como outros opositores e dois ex-guerrilheiros, quando faltam cinco meses para as eleições nas quais Ortega, no poder desde 2007, buscará uma nova reeleição.
Blinken destacou a "mensagem clara" enviada pela OEA "em apoio ao povo nicaraguense e sua luta por eleições livres e justas e pelo respeito aos direitos humanos".
A iniciativa - promovida por Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, EUA, Paraguai e Peru - superou facilmente a barreira dos 18 votos que precisava para ser aprovada, ao receber o apoio de 26 dos 34 países membros ativos da OEA (Cuba pertence à organização, mas não participa dela desde 1962).
A própria Nicarágua, o governo de esquerda do presidente da Bolívia, Luis Arce, e São Vicente e Granadinas, aliado da Venezuela, votaram contra.
Além disso, cinco países se abstiveram: Honduras, Belize, Dominica, México e Argentina.
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