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Governo Biden promete combater 'influência maligna' da China na ONU

Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA na ONU, disse que o governo Biden pretende combater "influência maligna" da China na organização - Pool/Getty Images
Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA na ONU, disse que o governo Biden pretende combater 'influência maligna' da China na organização Imagem: Pool/Getty Images

Da EFE

17/06/2021 02h21Atualizada em 17/06/2021 07h55

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, denunciou nesta quarta-feira que a China está tentando exercer uma enorme "influência maligna" na organização e disse que o governo de Joe Biden pretende combatê-la.

"Eles (China) exercem enorme influência sobre as Nações Unidas, e é uma influência maligna, uma influência que promove uma visão autoritária do multilateralismo, e temos que combatê-la a cada passo", declarou Thomas-Greenfield em pronunciamento ao Comitê de Relações Exteriores do Congresso americano.

Segundo a diplomata, o governo Biden está trabalhando para "reforçar a liderança americana" nas Nações Unidas.

"Quando deixamos um vácuo, outros que não compartilham nossos valores e prioridades estão ansiosos para dar um passo à frente. O objetivo daqueles que trabalham contra nós é claro: criar um ambiente internacional mais propício ao autoritarismo", alegou.

Na gestão Biden, Washington deixou clara a vontade de recuperar o destaque e a colaboração nas Nações Unidas e em outros fóruns internacionais, ao contrário do governo de Donald Trump, que optou por abandonar várias entidades multilaterais e adotar uma atitude isolacionista.

"Nas Nações Unidas, estamos em uma batalha pela alma do mundo. É por isso que é fundamental que os Estados Unidos liderem", disse Thomas-Greenfield.

Ela também enfatizou ao Congresso a importância de os EUA pagarem suas contribuições financeiras à organização na íntegra e dentro do prazo, combaterem crises humanitárias e apoiarem a luta contra a pandemia de covid-19.

Thomas-Greenfield afirmou que Pequim está tentando colocar seus candidatos em cargos-chave em várias agências da ONU e enfatizou a necessidade de os EUA se contraporem, apoiando seus candidatos e os dos países aliados.

A embaixadora também explicou que sua equipe continua trabalhando para pressionar a China sobre supostas violações dos direitos humanos na província de Xinjiang e para cooperar nas investigações sobre a origem da covid-19.