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Putin não deseja uma nova Guerra Fria, diz Biden

17/06/2021 01h56

Genebra, 16 jun (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quarta-feira que o mandatário russo, Vladimir Putin, não deseja iniciar uma nova Guerra Fria.

Em entrevista coletiva concedida ao término da reunião entre ambos, em Genebra, Biden disse que este não é o momento para uma Guerra Fria entre os países.

"Não é do interesse de ninguém" haver uma Guerra Fria entre EUA e Rússia, declarou.

As tensões entre Kremlin e Casa Branca dispararam em março, após o presidente americano chamar Putin de "assassino", motivo pelo qual Moscou convocou o embaixador russo nos EUA para consultas e recomendou que o responsável pela delegação americana abandonasse país.

Em abril, Washington impôs sanções à Rússia e expulsou dez diplomatas por suposta interferência nas eleições presidenciais de 2020, pelo suposto papel no ciberataque à empresa SolarWinds e por atividades na Ucrânia e no Afeganistão. O Kremlin respondeu com medidas similares.

Biden disse que, durante a reunião, transmitiu a Putin que sua agenda não é contra a Rússia nem ningúem, "é pelo povo americano".

Sobre o resultado da cúpula, o mandatário americano se mostrou realista, mas otimista, e comentou que os próximos meses servirão de teste para ver se a conversa desta quarta-feira aproximou os países.

"Não estou dizendo que essas coisas vão funcionar. Acredito que há perspectivas genuínas de melhorar de forma significativa as relações entre ambos os países sem que ninguém renuncie a uma coisa sequer com base em seus princípios e valores", pontuou.

Biden disse que não houve "ameaças" durante a cúpula, a qual disse ter sido "quase coloquial": "Falamos de coisas básicas, fundamentalmente básicas", resumiu.

Um dos temas mais sensíveis do encontro foi a Ucrânia, sobre a qual, segundo Biden, ambos decidiram recorrer à diplomacia para resolver suas diferenças, com base no acordo de Minsk.

"Comuniquei (a Putin) o compromisso inabalável dos EUA com a soberania e a integridade territorial da Ucrânia", esclareceu Biden.