Cidade do México quer que construtoras paguem pela reparação do metrô
"Tive contatos com o Carso e ICA. Vamos estabelecer esta mesa técnica e, claro, queremos que participem nesta reparação em termos econômicos, dadas as condições em que se encontram os laudos periciais", explicou a prefeita durante entrevista coletiva.
Claudia Sheinbaum informou que já conversou por telefone com as construtoras e fará uma "reunião física" com elas na próxima semana, embora não tenha especificado a data.
Além das construtoras mexicanas ICA e do Grupo Carso, este último do magnata Carlos Slim, a prefeita esclareceu que também convidará para o encontro a francesa Alstom, fabricante dos trens.
Na última quarta-feira, a empresa norueguesa DNV apresentou o primeiro dos seus três relatórios sobre as causas do acidente em que apontava "falhas estruturais" relacionadas com a construção.
Além disso, a Faculdade de Engenharia do México publicou ontem outra análise, segundo a qual um terço da seção elevada da linha 12 apresenta falhas, como rachaduras ou espaçamento insuficiente entre vigas, que devem ser corrigidas.
"A primeira coisa a fazer é se reunir com as empresas e ver exatamente o que aconteceu", disse Claudia Sheinbaum, que está empenhada na sua "incorporação" na reabilitação do metrô.
A prefeita lembrou que a apuração da responsabilidade penal do acidente compete ao Ministério Público e não ao seu governo, e garantiu que não existe "negociação" com as empresas para evitar um eventual processo judicial.
Além disso, na próxima segunda-feira, ela se reunirá com o comitê técnico que deve elaborar o plano de reabilitação para a linha 12 após a publicação dos primeiros relatórios dos peritos.
Esta comissão é formada, entre outros, pelos engenheiros Sergio Alcocer e José María Riobóo, muito próximo do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador.
A prefeita afirmou que muitos usuários precisam da reabertura da linha 12 o mais rápido possível, agora substituída por um sistema de ônibus. No entanto, ela disse que "o mais importante para os cidadãos, acima de tudo, é a segurança".
A Faculdade de Engenharia recomendou à prefeitura não reabrir nenhum dos trechos da linha 12, nem o elevado nem o subterrâneo, até que todos os relatórios de vulnerabilidade tenham sido apresentados.
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