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Reino Unido nega disparos de advertência da Rússia contra seu destróier

23/06/2021 13h56

Londres, 23 jun (EFE).- O Ministério da Defesa do Reino Unido negou nesta quarta-feira as alegações da Rússia de que sua Marinha efetuou disparos de advertência contra o destróier britânico "HMS Defender" ao sul da península da Crimeia, e afirmou que a ação fazia parte de um exercício militar.

Segundo fontes russas, o contratorpedeiro britânico entrou nas águas territoriais russas perto do Cabo Fiolent, ao sul da península da Crimeia, anexada ilegalmente pela Rússia em 2014, e foi advertido com tiros.

Por sua vez, um comunicado da pasta de Defesa britânica destacou que o navio da Marinha Real "realiza uma passagem inocente por águas territoriais ucranianas, de acordo com o direito internacional", e garantiu que "não foram disparados tiros de advertência" contra o destróier.

"Acreditamos que os russos estavam conduzindo exercícios de artilharia no mar Negro e avisaram previamente a comunidade marítima sobre sua atividade", detalhou a nota.

"Não houve tiros disparados contra o HMS Defender e não reconhecemos a alegação de que bombas foram lançadas em sua direção", acrescentou.

Por sua parte, o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, disse hoje à imprensa que o "HMS Defender" estava fazendo "uma passagem de rotina" de Odessa para a Geórgia através do mar Negro.

"Como é normal nesta rota, (o contratorpedeiro) entrou em um corredor de tráfego reconhecido internacionalmente e saiu com segurança desse corredor", declarou Wallace.

Segundo relatos de Moscou, após o incidente, o Ministério da Defesa russo convocou o adido militar da embaixada do Reino Unido na Rússia para prestar esclarecimentos.

No último dia 14 de junho, a Rússia havia informado que sua Marinha estava monitorando o contratorpedeiro britânico e a fragata Everton da Marinha holandesa depois que essas duas embarcações entraram no mar Negro.