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Líderes de 16 países da UE se comprometem a defender coletivo LGBTI

24/06/2021 13h47

Bruxelas, 24 jun (EFE).- Os governantes de 16 países da União Europeia (UE) se comprometeram nesta quinta-feira a continuar a combater a discriminação contra a comunidade LGBTI e reafirmaram a defesa dos direitos fundamentais do coletivo em uma carta conjunta dirigida aos presidentes das três instituições do bloco.

Publicada na conta do presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, no Twitter, a carta foi divulgada horas antes do início da cúpula de dois dias de chefes de Estado e de governo que começa hoje em Bruxelas, com a polêmica lei húngara que proíbe falar sobre homossexualidade nas escolas e na mídia como um dos tópicos de debate entre os 27 países da UE.

"Ódio, intolerância e discriminação não têm lugar na nossa União. É por isso que, hoje e todos os dias, defendemos a diversidade e igualdade LGBTI para que as nossas gerações futuras possam crescer em uma Europa de igualdade e respeito", escreveu Sánchez com uma foto da referida carta.

Com apenas três parágrafos, a carta é dirigida à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; ao presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli; e ao primeiro-ministro português, António Costa, cujo país exerce a presidência rotativa do Conselho até 30 de junho.

"Por ocasião da celebração do Dia Internacional do Orgulho Homossexual, Bissexual e Transgênero em 28 de junho, em relação às ameaças aos direitos fundamentais e, em particular, ao princípio da não discriminação contra a orientação sexual, expressamos nosso compromisso com o valores fundamentais comuns consagrados no artigo 2º do Tratado da União Europeia", começa a carta.

"Será um dia para recordar que somos uma sociedade diversa e tolerante, empenhada no desenvolvimento desimpedido da personalidade de cada um dos nossos cidadãos, incluindo sua orientação sexual e identidade de gênero. Também será o momento para comemorar que nos últimos anos se percorreu um longo caminho a favor destes princípios, que consideramos ser a base da União Europeia", continua.

"Devemos continuar a lutar contra a discriminação contra a comunidade LGTBI, reafirmando nossa defesa dos seus direitos fundamentais. O respeito e a tolerância são o princípio básico do projeto europeu. Estamos empenhados em continuar com este esforço para garantir que no futuro as gerações europeias cresçam em uma atmosfera de igualdade e respeito", conclui a carta.

Além de Sánchez, a carta é assinada pelos primeiros-ministros de Bélgica, Holanda e Luxemburgo, Alexander De Croo, Mark Rutte e Xavier Bettel, promotores desta iniciativa, bem como pela chanceler alemã, Angela Merkel; pelo presidente francês, Emmanuel Macron; pelo primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, e pelo chefe do Executivo grego, Kyriakos Mitsotakis.

A lista é completada pelos primeiros-ministros de Dinamarca, Mette Frederiksen; Estônia, Kaja Kallas; Finlândia, Sanna Marin; Letônia, Arturs Krisjanis; Irlanda, Micheál Martin; e Suécia, Stefan Löfven; e os presidentes de Chipre, Nikos Anastasiades, e Malta, Robert Abela.