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Orbán rechaça críticas e assegura que é um "defensor" dos homossexuais

24/06/2021 13h33

Bruxelas, 24 jun (EFE).- O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, rejeitou nesta quinta-feira as críticas da maioria dos líderes da União Europeia (UE) a uma nova lei húngara por ser discriminatória contra a comunidade LGTBI e garantiu que é um "defensor" dos direitos dos homossexuais.

"Não temos esse tipo de lei (contra os homossexuais). Temos uma lei de defesa dos direitos das crianças e dos pais", declarou Orbán à imprensa ao chegar à cúpula de dois dias de chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) que começou hoje em Bruxelas.

O primeiro-ministro húngaro também revelou que respondeu "imediatamente e por escrito" à carta publicada nesta quinta-feira por 16 governantes da UE em defesa do coletivo LGTBI, embora não tenha especificado o conteúdo da sua resposta.

"Não se trata de homossexualidade. É sobre filhos e pais. É isso", afirmou Orbán.

"Sou um defensor dos direitos. Fui um lutador pela liberdade contra o regime comunista, a homossexualidade era punida e lutei pelas liberdades e pelos direitos e estou defendendo os direitos dos homossexuais", acrescentou com veemência.

Mais especificamente, Orbán destacou que a lei que já está em vigor dá "exclusividade aos pais em decidir se querem que seus filhos recebam educação sexual".

O governante húngaro acrescentou que aqueles que criticam a polêmica lei "não a leram" e se mostrou "disposto a falar com quem respeitar a Hungria sobre esta nova lei", incluindo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apesar desta ter declarado ontem que a nova legislação é "uma lástima".

No entanto, Orbán se recusou a discutir o assunto durante a cúpula porque "não está na ordem do dia".