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Primeiro-ministro holandês afirma que Hungria já não tem mais lugar na UE

24/06/2021 22h52

Bruxelas, 24 jun (EFE).- O primeiro-ministro interino da Holanda, Mark Rutte, disse nesta quinta-feira que a Hungria "não tem mais lugar na União Europeia", após a aprovação pelo parlamento de Budapeste de uma lei que proíbe falar sobre homossexualidade nas escolas e na imprensa.

"Para mim, a Hungria não tem mais um lugar na UE", disse Rutte ao chegar à cúpula que os chefes de Estado e de governo do bloco iniciaram hoje em Bruxelas e na qual a lei húngara será parte das discussões do jantar de trabalho.

A Holanda foi um dos 17 países que enviaram uma carta aos presidentes das três instituições comunitárias defendendo os valores do respeito pela diversidade na UE.

"Estou envergonhado, fico envergonhado quando me sento à mesa com ele", declarou Rutte em referência ao primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

No entanto, o primeiro-ministro holandês reconheceu que não pode "expulsar" a Hungria da UE por conta própria, "nem mesmo os outros 26 países-membros podem", acrescentou.

"Isso é algo que tem de ser feito passo a passo e, enquanto isso, esperamos que se adaptem" aos valores europeus, completou Rutte, referindo-se ao artigo dois do Tratado de Lisboa da UE.

Por sua vez, Orbán rejeitou as críticas à lei e garantiu que é um "defensor" dos direitos dos homossexuais.

"Não temos esse tipo de lei (contra os homossexuais). Temos uma lei de defesa dos direitos das crianças e dos pais", afirmou Orbán ao chegar à cúpula, quando também destacou que se recusará a falar sobre o assunto durante o encontro.