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Principal comandante da guerrilha do ELN renuncia por motivos de saúde

24/06/2021 13h31

Bogotá, 24 jun (EFE).- O principal comandante da guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), Nicolás Rodríguez Bautista, conhecido pelo codinome "Gabino", renunciou por motivos de saúde, segundo anunciou nesta quinta-feira esse grupo armado.

"Gabino", de 71 anos, disse em nota divulgada pelo ELN e datada de 1º de maio de 2021 que desde julho de 2018 se mudou para Cuba para as negociações de paz que estavam em andamento com o governo colombiano e também para "um tratamento de saúde que eu devo continuar".

"Esta lamentável circunstância me impede de cumprir minhas funções de primeiro comandante do ELN, o que me levou a apresentar minha renúncia ao cargo, a qual já foi aceita", acrescentou o chefe guerrilheiro.

"Gabino" dirigia o ELN desde 1998, após a morte do então comandante da guerrilha, o padre espanhol Manuel Pérez Martínez, também conhecido como "Poliarco" ou "Padre Pérez".

Em áudio também divulgado pelo ELN, "Gabino" lê o comunicado e indica que "renuncia aos cargos, não aos ideais ou princípios".

"O ELN e o povo colombiano podem continuar contando com meus esforços na luta por uma Colômbia em paz com justiça social, dentro desta organização à qual continuarei fiel até as últimas consequências e disponível como membro representante do ELN para futuras conversas de paz, trabalho que venho fazendo desde 2018 ", acrescentou.

NOVOS COMANDANTES DA GUERRILHA.

Em outro comunicado, o ELN informou que, em face da renúncia de "Gabino", foi estabelecida uma "nova ordem hierárquica" na qual o primeiro comandante será "Antonio García", cujo nome verdadeiro é Eliécer Chamorro.

Como segundo comandante foi designado o líder da equipe negociadora de paz dessa guerrilha, Israel Ramírez Pineda, de codinome "Pablo Beltrán", e como terceiro comandante o guerrilheiro conhecido como "Pablo Marín".

O ELN assinala ainda que "os planos e diretrizes militares para todas as operações militares ficarão a cargo do Comando Central que se encontra no país e do Estado-Maior Nacional".

Com esta instrução, "os comandantes e membros da Delegação de Diálogos que se encontram em Cuba ficam dispensados de toda responsabilidade".