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Tribunal suspende Rudy Giuliani como advogado por falsos testemunhos

25/06/2021 04h01

Nova York, 24 jun (EFE).- Um tribunal de Nova York ordenou a suspensão temporária da licença de advogado de Rudy Giuliani nesta quinta-feira, após concluir que o ex-prefeito da cidade e ex-advogado de Donald Trump mentiu sobre a suposta fraude nas eleições presidenciais de 2020.

De acordo com o tribunal de apelação, a conduta de Giuliani ameaçou "o interesse público e justifica a suspensão provisória do exercício da advocacia", informou o jornal "The New York Times".

O documento judicial explica que há evidências de que Giuliani fez "declarações falsas e enganosas a tribunais, legisladores e ao público em geral na qualidade de advogado do ex-presidente Donald Trump e da campanha de Trump em relação à fracassada tentativa de Trump à reeleição em 2020".

Meses antes das eleições presidenciais de novembro do ano passado, vencidas pelo democrata Joe Biden, Trump lançou uma campanha de desinformação para gerar dúvidas sobre a transparência do processo e, posteriormente, descreveu o pleito como fraudulento.

No entanto, apesar da campanha, que continua, Trump e a sua equipe não conseguiram coletar provas para sustentar as denúncias e nenhum tribunal concordou em processar as suas acusações.

Giuliani, de 77 anos, começou a exercer a advocacia em 1969, trabalhou no Departamento de Justiça durante a gestão de Ronald Reagan e, em 1983, foi nomeado procurador distrital de Manhattan, em Nova York.

Foi também prefeito da cidade de 1994 a 2002 e ganhou notoriedade nacional e internacional em 2001, após os ataques terroristas às Torres Gêmeas, em 11 de setembro.

Giuliani está sendo investigado desde 2019 em um caso relacionado aos seus negócios na Ucrânia. Embora não tenha sido acusado até agora, os procuradores tentam provar que Giulani pressionou ilegalmente o governo em nome de funcionários e empresários ucranianos, que supostamente ajudavam o advogado a buscar polêmicas sobre os rivais políticos de Trump, incluindo Biden.