Polícia do Chile confirma prisão de 20 pessoas na inauguração da Constituinte
"Os policiais fizeram todos os esforços para conter alguns grupos violentos que queriam interromper o processo que estava ocorrendo no antigo Congresso Nacional", disse Marcelo Araya, chefe do Corpo de Carabineros da Região Metropolitana.
No início da manhã de domingo foram realizadas marchas pacíficas massivas em diferentes pontos de Santiago, que reuniram centenas de pessoas, em sua maioria convocadas pelos constituintes ou por grupos de simpatizantes.
Porém, quando estava para começar a cerimônia de início da redação da nova Carta Magna, ocorreram também alguns distúrbios isolados em pontos próximos ao antigo Congresso Nacional, onde ocorria o ato, que motivaram a ação da polícia para dispersar os protestos.
A ação dos agentes provocou a reação de um grupo de constituintes, que se recusaram a sentar-se e interromperam o evento exigindo o fim da repressão policial contra os manifestantes, causando um clima de tensão por quase uma hora.
Depois que a situação no lado de fora foi parcialmente apaziguada, a cerimônia foi reiniciada, os 155 constituintes aceitaram seus cargos e elegeram uma acadêmica indígena, Elisa Loncón, como sua presidente.
Com este ato, o Chile deu início à redação de sua nova Constituição e, a partir de agora, os constituintes terão o prazo máximo de um ano para escrever a proposta do novo texto, que deverá ser submetido em 2022 a um plebiscito, com voto obrigatório, para a sua aprovação.
O processo constituinte nasceu em 2019 como um acordo entre as partes para amenizar a maior crise social em três décadas de democracia no país, que começou em outubro daquele ano com protestos massivos que exigiam um modelo socioeconômico mais justo e deixaram um saldo de pelo menos 30 mortos. EFE
pnm/rsd
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