Chefe do Senado anuncia candidatura à presidência do Chile
"Aceito este desafio porque aqueles de nós que querem transitar em paz e querem transformações profundas para o Chile são muito mais do que aqueles que acreditam na violência", disse Yasna, de Atacama, sua terra natal, em um aceno à descentralização.
A candidatura, que vinha sendo especulada há meses, movimentou o quebra-cabeça político diante das eleições presidenciais, deixando a Unidade Constituinte - pacto de tradicionais partidos de esquerda e centro - com três candidatos e que agora deve decidir se vai realizar primárias para apresentar uma única chapa.
A democrata-cristã acrescentou que está "aberta a qualquer mecanismo eleitoral aberto e participativo" para que essa coligação escolha entre ela, a socialista Paula Narváez - cuja candidatura foi promovida pela ex-presidente Michelle Bachelet - e Carlos Maldonado, do Partido Radical.
De ascendência indígena diaguita, Yasna Provoste foi ministra do Planejamento durante o governo de Ricardo Lagos (2000-2006) e ministra da Educação durante o primeiro mandato de Bachelet (2006-2010).
Ela permaneceu no cargo por dois anos, durante os quais enfrentou uma grande onda de protestos estudantis, até que em 2008 foi demitida por supostas irregularidades em bolsas escolares denunciadas pela direita.
Yasna foi deputada, senadora e, desde o mês de março, preside o Senado, de onde promoveu a pauta dos direitos humanos e defendeu causas sociais como o casamento igualitário, posição que a catapultou ao posto das figuras políticas mais valorizadas atualmente no país.
O Chile vive uma forte crise social, política e institucional desde 2019, com um presidente conservador que atingiu uma taxa de aprovação de 9% em abril, e cujo sucessor, que tomará posse em março de 2022, terá a tarefa de implementar o texto de uma nova Constituição.
Na corrida para chegar ao Palácio de la Moneda (sede do Governo) estão também os candidatos que venceram as primárias no último domingo: o líder estudantil da Frente Ampla (FA), Gabriel Boric (esquerda) e o independente Sebastián Sichel, único candidato de direita.
Boric e Sichel, os únicos candidatos nascidos após o golpe de Estado de Augusto Pinochet (1973), venceram, contra todos os prognósticos, nomes tradicionais da política chilena, e suas vitórias foram interpretadas pelos especialistas como uma mudança de geração.
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