Em alusão a Cuba, Espanha diz que não há democracia se direitos são violados
Esta foi a resposta da ministra porta-voz do governo, Isabel Rodríguez, ao ser questionada nesta terça-feira sobre a situação em Cuba e o fato de a correspondente do diário espanhol "ABC", Camila Acosta, ter sido detida pela segunda vez, desta vez em prisão domiciliar, após protestos contra o governo cubano.
A ministra respondeu que, "se for esse o caso", o que aconteceu merece a "reprovação" do governo espanhol, que "defende os direitos humanos e também a liberdade de imprensa".
"Um país em que estes direitos são violados não pode ser considerado democrático", respondeu a ministra em entrevista coletiva, após ser perguntada se vê o governo cubano como uma ditadura.
Segundo o "ABC", a correspondente do jornal em Cuba, que ficou em prisão domiciliar durante dez dias, voltou a ser detida na segunda-feira passada, fora de casa.
Acosta foi supostamente liberada após ter sido interrogada durante várias horas pela Segurança do Estado, segundo informou nas redes sociais. Horas antes da detenção, a jornalista atualizou as informações sobre a sua prisão domiciliar.
"Hoje conto dez dias de prisão domiciliar forçada, com vigilância 24 horas, depois de passar quatro dias na prisão, incomunicável, acusada de desordem pública por denunciar os protestos de 11 de julho. Não estou livre, pelo contrário, estou à espera de julgamento", explicou.
Esses protestos foram reprimidos com centenas de pessoas presas e desaparecidas, segundo várias organizações, enquanto o sistema judicial cubano nega que haja julgamentos sumários.
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