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López Obrador busca minimizar situação da pandemia no México

31/07/2021 02h45

Cidade do México, 30 jul (EFE).- O presidente Andrés Manuel López Obrador afirmou nesta sexta-feira que "o México não está entre os países com maior gravidade por conta da pandemia", embora seja o quarto maior do mundo em mortes absolutas por covid-19, com quase 240 mil vítimas.

"O México não está entre os primeiros países com maior gravidade por causa da pandemia, o que ocorre é que as comparações não são boas, especialmente quando se trata desses assuntos", disse o presidente, durante entrevista coletiva em Sinaloa, no noroeste do país.

López Obrador fez essas afirmações mesmo com o México estando atrás apenas dos Estados Unidos, Índia e Brasil no número de vítimas, tendo acumulado mais de 2,8 milhões de diagnósticos confirmados.

Agora o país enfrenta uma terceira onda de infecções com dois dias consecutivos de mais de 19 mil casos, enquanto quase uma dúzia de estados, incluindo a Cidade do México, estão em alerta devido à ocupação hospitalar superior a 50%.

Além disso, apenas ontem foi revelado que o México teve 201.163 mortes por covid-19 em 2020, 35% a mais do que a contagem oficial do governo para esse período, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi).

"Na América, em mortes, o México está em sexto lugar, portanto, em geral, em sexto lugar em mortes por população, e em vacinação estamos em segundo lugar na América", disse López Obrador, sem citar a fonte de seus dados.

O presidente mostrou um gráfico do governo indicando que a mortalidade na terceira onda é 77% inferior do que a primeira onda, em julho de 2020, e 87% menor do que a segunda, em janeiro desde ano.

O mandatário também lembrou a meta de vacinar toda a população com mais de 18 anos com pelo menos uma dose até outubro.

"O México é um dos países do mundo com mais vacinas aplicadas, já ultrapassamos 51% (da população adulta com uma dose), e temos vacinas garantidas", disse o presidente.

No entanto, apenas 25 milhões de pessoas receberam a dosagem completa no México, país com cerca de 126 milhões de habitantes.

O presidente fez as declarações após ser questionado sobre a oposição dos professores e familiares ao retorno às aulas presenciais no final de agosto devido ao aumento das infecções.

López Obrador esclareceu que o retorno será voluntário, mas que "não há volta".

"As escolas abrem, as aulas voltarão e (se) não quiserem que os seus filhos vão à escola, não os mande", disse.

O mandatário também rejeitou, por enquanto, a extensão da vacinação aos menores de 18 anos ou aplicar doses de reforço, denunciando supostos interesses econômicos de empresas farmacêuticas.

"Estamos vendo quais recomendações são feitas pelas organizações internacionais de saúde porque os laboratórios estão pressionando porque gostariam da terceira, quarta e quinta dose", afirmou.