Manifestantes protestam contra presidente do Equador nas ruas de Quito
"Não à privatização de empresas públicas" e "Vivos, juntos e livres pela igualdade e a justiça", os manifestantes saíram do Parque de El Ejido em direção à Praça da Independência, a cerca de dois quilômetros de distância e onde está localizada a sede da presidência. Nenhum incidente foi registrado até o momento.
"O povo unido nunca será derrotado", gritaram os manifestantes enquanto avançavam, alguns deles militantes da Frente Unitária dos Trabalhadores (FUT), o principal sindicato de trabalhadores do país e organizador do protesto, e outros de diferentes grupos sociais, como o movimento indígena Conaie e a união de estudantes universitários FEUE, que se juntaram ao protesto.
Os estudantes aderiram à manifestação após sucessivos cortes no orçamento para o ensino superior entre 2020 e 2021, mas apoiam o resto das exigências da chamada "plataforma social unida".
Entre elas está a anulação imediata de um decreto do governo anterior, que estabeleceu um novo mecanismo de fixação dos preços dos combustíveis, o que nos últimos meses levou a um aumento dos preços da gasolina.
Mas há também medidas urgentes para combater o subemprego, a pobreza, a privatização de empresas públicas, o extrativismo mineiro e petrolífero, e uma série de exigências misturadas com as bandeiras vermelhas e brancas das diferentes organizações.
"Em cem dias, (Lasso) não fez muito para resolver os problemas fundamentais dos equatorianos, como o trabalho e a saúde", resumiu o presidente da FEUE-Nacional, Mauricio Chiluisa, à Agência Efe.
A manifestação desta quarta-feira é a segunda organizada pela "Plataforma Unitária", que reúne as principais organizações e sindicatos, desde que o novo presidente chegou ao poder em 24 de maio. A anterior foi em 11 de agosto.
Lasso, que dedicou os seus primeiros cem dias no cargo a um plano de vacinação em massa, pretende agora lançar um plano de reativação econômica.
Mas as ideias do presidente, incluindo alterações trabalhistas que tornam a contratação mais flexível, a duplicação da exploração petrolífera e a política de austeridade para 2022 não são do agrado dos grupos sociais, alguns dos quais ameaçam uma nova revolta como a de 2019.
"Dissemos ao ministro do Trabalho que não se pode fazer uma lei paralela porque não se pode ter trabalhadores de classe A e de classe B", queixou-se Ángel Sánchez Zapata, atual presidente da FUT, ao avaliar a chamada "Lei de Oportunidades" do governo.
José Villavicencio, presidente da União Geral dos Trabalhadores do Equador (UGTE) e vice-presidente da FUT, disse que "depois de hoje haverá uma reunião imediatamente para discutir novas ações".
"Estamos completando dois anos desde a greve de outubro (de 2019), penso que o presidente Lasso deveria analisar isso. Quando as pessoas não são ouvidas, o povo se levanta", advertiu.
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