Cazaquistão propõe criação de centro de operações humanitárias em Almaty
"Tendo em conta a infraestrutura existente e as capacidades logísticas do Cazaquistão, propomos organizar em Almaty um centro de operações humanitárias da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), para a entrega da ajuda internacional ao Afeganistão", disse o chefe de governo.
Os líderes dos oito países que integram a OCS (China, Índia, Cazaquistão, Quirguistão, Paquistão, Rússia, Tadjiquistão e Uzbequistão participaram hoje da cúpula a aliança, que aconteceu em Dusambe, a capital tadjique.
A maior parte do encontro foi voltada para debater a situação afegã. Tokayev garantiu que o país que preside está pronto para prover toda a assistência possível para "resolver os urgentes problemas humanitários e econômicos enfrentados pelo Afeganistão.
De acordo com o presidente cazaque, um centro de operações em Almaty aumentaria o papel da OCS a resolver os problemas agudos da região e complementaria as atividades da ONU e de outras organizações internacionais.
"Acredito que a OCS, com sua enorme influência, pode e deve desempenhar um papel ativo para alcançar paz e harmonia neste país", disse Tokayev, se referindo ao Afeganistão.
"Apenas através de esforços coletivos poderemos garantir a segurança regional na luta contra ameaçadas atuais. O Cazaquistão, por sua vez, está ampliando a interação com nossos sócios regionais, para prevenir a chegada de ideologias destrutivas, drogas e uma imigração descontrolada", completou.
O presidente do Quirguistão, Sadir Zhaparov, convidou os demais integrantes da OCS a criar "um cinturão de segurança" na região, diante da crise gerada após a saída das tropas internacionais e da tomada de poder pelos talibãs.
"Como tarefa prioritária, nossos países devem dar atenção especial à formação de um cinturão de segurança na região, devido a situação no Afeganistão", disse o chefe de governo.
O presidente do Tadjiquistão, Emomali Rahmon, afirmou serem necessárias "medidas concretas contra os desafios e as ameaças que surgem do Afeganistão".
Isso incluiria, segundo o chefe de governo do país anfitrião da cúpula, "a melhoria da estrutura antiterrorista regional da OCS e da interação das agências de segurança e dos serviços especiais de nossos países".
Rahmon ainda afirmou que "além da política, existe a maior crise humanitária da história recente" e criticou que os talibãs tenham ignorado a diversidade étnica do Afeganistão ao formar o novo governo do país.
"Qualquer sistema político em Cabul deve levar em conta a voz do povo afegão, sem a interferência de outros países", disse o presidente do Tadjiquistão.
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