Biden defende competição com a China, mas nega desejo por "nova Guerra Fria"
"Não estamos buscando uma nova Guerra Fria nem um mundo dividido em blocos rígidos", comentou Biden, sem mencionar a China.
O discurso do mandatário americano girou em torno da defesa da democracia e do multilateralismo, além do argumento de que o poder mlitar dos EUA deve ser "o último recurso" e não deve ser utilizado para "solucionar qualquer problema".
"Ao encerrarmos este período de guerra imparável, estamos abrindo uma nova era de diplomacia imparável", disse Biden, ao se referir à recente retirada das tropas internacionais do Afeganistão.
O democrata comentou que o mundo está entrando em uma "década decisiva" e que o futuro do planeta dependerá da capacidade das nações de "reconhecerem a sua humanidade comum" e "agirem em conjunto".
Biden não mencionou o acordo de defesa com Austrália e Reino Unido, o que levou a uma crise diplomática entre EUA e França, uma vez que a França perdeu um contrato lucrativo para vender submarinos aos australianos.
No entanto, prometeu que quando atuar na "importante" região do Indo-Pacífico, falará com "aliados e parceiros, através da cooperação e de instituições multilaterais como as Nações Unidas, para amplificar a força e a rapidez" das medidas.
O presidente dos EUA também se referiu à crise climática, apelando a todos os países para colocarem "as suas mais altas ambições possíveis" em cima da mesa na COP26, e enfatizou a necessidade de uma maior coordenação internacional para conter a pandemia de covid-19.
"Bombas e balas não nos podem defender contra a covid-19. Para combater esta pandemia, precisamos de uma ação coletiva de ciência e vontade política", acrescentou.
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