López Obrador vê condições "imbatíveis" para os EUA apoiarem migração
"Existem condições imbatíveis para assinar um bom acordo para o desenvolvimento da América Latina e do Caribe e em particular com os países da América Central", disse o presidente durante sua entrevista coletiva matinal no Palácio Nacional.
Questionado sobre a carta que enviou há poucos dias ao presidente americano, Joe Biden, na qual pede apoio para enfrentar a crise migratória na região, López Obrador afirmou esperar que Washington aceite sua proposta.
"Estou esperançoso. Vejo que o presidente Biden é sensível e tem interesse em abordar o problema subjacente", disse ele.
Ele lembrou que o embaixador dos Estados Unidos no México, Ken Salazar, demonstrou interesse pelo assunto e até viajou à fronteira sul para ver como pode ajudar a convencer os Estados Unidos a aplicar essas ações.
Ele também reconheceu o trabalho que Biden confiou à vice-presidente Kamala Harris e disse que não quer mais medidas repressivas para combater a migração.
"Chega de tentar resolver um problema social com medidas coercitivas. Não queremos helicópteros armados. O que queremos é que as pessoas tenham recursos", disse.
O presidente afirmou que, caso a proposta seja aceita, o governo mexicano poderá asasessorar na implantação dos programas Semeando Vidas e Juventude Construindo o Futuro, que gerariam 240 mil empregos em seis meses, na Guatemala, Honduras e El Salvador.
Da mesma forma, questionou o Senado americano pela demora em responder às suas propostas, uma vez que assegurou "este é um plano de emergência".
"Por que não ordenamos o fluxo migratório, se for necessário?", questionou López Obrador, lembrando que tomar decisões nesse sentido é importante, já que tanto os Estados Unidos quanto o Canadá exigem uma mão-de-obra que os países da América Latina e do Caribe possam oferecer.
A região está lidando com um fluxo migratório histórico, com 147 mil indocumentados detectados no México de janeiro a agosto, o triplo de 2020, e um recorde de 212 mil indocumentados detidos apenas em julho pelo Escritório de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês). EFE
csr/phg
(foto)(vídeo)
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