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Israel irá retirar salário de professores não vacinados contra a covid-19

Israelense recebe dose de reforço de vacina contra a covid em Tel Aviv, Israel - Amir Cohen/Reuters
Israelense recebe dose de reforço de vacina contra a covid em Tel Aviv, Israel Imagem: Amir Cohen/Reuters

Da EFE

24/09/2021 02h41Atualizada em 24/09/2021 07h57

Israel não permitirá que professores sem vacinação contra a covid-19 e que se recusem a apresentar teste negativo tenham acesso às escolas e os penalizará retirando seus salários, anunciou nesta quinta-feira o Ministério da Educação.

A decisão do governo se estende a todos os funcionários das instituições de ensino que não cumprirem esses requisitos, considerarão os trabalhadores "ausentes" e os professores não poderão dar aulas remotamente.

O diretor de coronavírus do Ministério da Saúde, Nachman Ash, advertiu hoje que a maioria dos hospitalizados não recebeu nenhuma dose da vacina e são os que "estão colocando sob pressão" a capacidade hospitalar.

O Ministério da Saúde registrou hoje quase seis mil novos casos e mais de 700 pacientes internados em estado grave, que nas últimas semanas se limitaram aos não vacinados, que representam cerca de 10% da população.

Mais de 5,5 milhões de residentes, de uma população de mais de nove milhões, receberam as duas doses e 3,1 milhões a terceira, um reforço pelo qual Israel optou por reverter a quarta onda de coronavírus sem aplicar maiores restrições.

O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, defendeu no último final de semana a estratégia de administrar a dose de reforço a toda a população antes da decisão da Administração de Alimentos e Remédios dos EUA (FDA, na sigla em inglês) de aplicá-la apenas aos maiores de 65 anos de idade e imunossuprimidos.

"Temos a capacidade de nos proteger através de uma terceira dose complementar da vacina contra o coronavírus, e de viver em um país aberto e quase em pleno funcionamento, mesmo no meio da guerra contra a variante delta", afirmou.

O novo governo tem evitado impor confinamentos ou fechamentos apesar da disseminação dos casos, com pico de mais de 11 mil diagnósticos positivos diários no início do mês, antes dos feriados judaicos deste mês de setembro.

Bennett também antecipou que em outubro será "complicado" pois acontece o retorno às escolas após o período de férias.