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Ministro da Saúde polonês revela incremento de segurança após ameaças

24/09/2021 02h46

Cracóvia (Polônia), 23 set (EFE).- O ministro da Saúde da Polônia, Adam Niedzielski, revelou nesta quinta-feira que precisou aumentar a segurança pessoal, com guarda-costas o acompanhando todo o tempo, após confirmar que recebeu ameaças de integrantes do movimento antivacinas do país.

O integrante do governo reuniu a imprensa hoje para fazer um novo apelo à população, para quem compareçam aos locais de vacinação. Além disso, Niedzielski afirmou que as redes sociais estão sendo utilizadas para a difusão de "manipulação" de informações por parte de um grupo que classificou como "realmente pequeno".

Na semana passada, o ministro ouviu de um deputado membro de um partido ultranacionalista contrário ao uso de máscaras, em pleno Parlamento, que iria ser enforcado, em alusão ao Julgamento de Nuremberg, quando membros do regime nazista foram levados ao tribunal.

Em maio, um grupo de pessoas atacou Niedzielski e invadiu o prédio onde o ministro reside. O integrante do governo classificou o grupo como "fanáticos" e prometeu tomar medidas legais contra eles.

Recentemente na Polônia, ativistas antivacinas aumentaram a atividade e chegaram a incendiar um centro de imunização. Um orfanato, além disso, foi invadido, em tentativa de impedir a aplicação de vacinas em adolescentes.

As autoridades locais indicaram que, em muitos casos, as agressões ou manifestações de negacionistas estão ligadas a grupos radicais e de extrema-direita.

Ontem, o porta-voz do Ministério do Interior da Alemanha, Marek Wade, admitiu que está ocorrendo no país uma radicalização de grupos negacionistas, após o assassinato de um funcionário de posto de gasolina que cobrou uso de máscara de cliente.

O tirador, que está preso preventivamente, afirmou ao juiz de instrução do caso que as restrições impostas para evitar a propagação da covid-19 o afetaram muito, dessa forma, queria mostrar claramente o repúdio às medidas de restrição impostas pelas autoridades.

De acordo com o Ministério Público, o homem, de 49 anos, esteve sábado à noite no posto de gasolina, sem utilizar máscara, para comprar cervejas em uma loja de conveniências. O caixa do estabelecimento, um jovem de 20 anos, indicou a necessidade do uso de máscara, de acordo com as leis atuais vigentes.

O assassino confesso deixou o local e retornou pouco tempo depois, dessa vez usando a proteção facial, mas também portando uma arma. Após uma nova conversa, o cliente tirou a máscara, foi cobrado mais uma vez pelo uso e, em seguida, atirou na cabeça do funcionário da loja.

O autor do disparo foi preso no domingo, na sede da polícia Idar-Oberstein, segundo as autoridades locais, quando iria se entregar.