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Unicef alerta para situação de mulheres e crianças migrantes haitianas

24/09/2021 14h50

Nações Unidas, 23 set (EFE).- Dois em cada três haitianos deportados nos últimos dias pelos Estados Unidos são mulheres ou crianças, entre elas, recém-nascidos que precisam de assistência imediata, alertou nesta quinta-feira a Unicef.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância indicou, por meio de comunicado, que análises iniciais indicam que "muitas das crianças menores de dez anos nasceram fora do Haiti ou viveram a maior parte de suas vidas em outro país".

A nota ainda lembra que a nação centro-africana atravessa três tragédias, dos desastres naturais, em referência a terremoto registrado no mês passado, a violência de grupos criminosos e também a pandemia da covid-19.

"Quando se devolvem crianças e famílias sem a proteção adequada, elas ficam ainda mais vulneráveis à violência, à pobreza e ao deslocamento, fatores que os levaram a migrar, em primeiro lugar", indica o texto assinado pela diretora-executiva da Unicef, a americana Henrietta Fore.

Além disso, a nota da agência aponta preocupação pela situação de muitas famílias haitianas retidas na cidade de Del Río, no estado do Texas, onde milhares de pessoas chegaram nos últimos dias, antes de serem colocadas em um campo improvisado, embaixo da ponte que liga os EUA ao México.

"Vivem em condições de superlotação, inadequadas, e precisam de apoio humanitário básico", indicou a Unicef.

Ainda segundo o comunicado da agência, estão sendo realizados trabalhos para dar assistência às crianças da região e garantir serviços básicos na Ciudad Acuña, no lado mexicano da fronteira.

Além disso, a Unicef ainda cobrou que seja evitado o uso de violência nas fronteiras e que haja o cuidado de manter juntas as famílias, assim como a análise das necessidades de proteção dos migrantes, antes de que seja decidido pela repatriação.